1. CONVERGÊNCIA MONÁRQUICA – PPM (ANIVERSÁRIO) – Não
posso deixar de assinalar que a 26/05/1974, em reunião em Lisboa promovida pela
Convergência Monárquica, foi votada por unanimidade a criação do Partido
Popular Monárquico – PPM com a sigla inspirada no psi do alfabeto grego.
Como pontos fundamentais do programa, a luta pela
Restauração da Monarquia assente na vontade popular livremente expressa (nunca,
até hoje, consultada!)- um pouco “ filosoficamente”, diria que segundo a
definição antiga “Uma República com o Rei” – o regresso aos valores básicos e
tradicionais da Sociedade e ressaltando-se a necessidade de todas as regras se
orientarem pela CULTURA, no sentido lato e tendo como paradigmas a ECOLOGIA e,
no campo económico, a instituição de regras que tivessem em conta o
Ordenamento(s) do Território, a Defesa do Ambiente, como práticas fundamentais
para a Salvaguarda do Globo, para o Desenvolvimento Sustentado, bases sem as
quais não se conseguirá atingir a JUSTIÇA SOCIAL. Como nota esclareço que a
Convergência resultara, em princípios de 1971, da fusão do Movimento Monárquico
Popular, Liga Popular Monárquica, Renovação Portuguesa, a “Juventude Monárquica
Portuguesa” e Pessoas Independentes Monárquicas, sob o lema LIBERDADE, JUSTIÇA
E PROGRESSO.
No final da reunião em Lisboa elegeu-se a Comissão
Organizadora que, 1 ano depois, em reunião na praia de Miramar, aprovou os
Estatutos, que seriam legalmente ratificados, dando origem a um novo e
diferente Partido. Neste, entre muitas figuras de referência, Rodrigo de
Moctezuma e Gonçalo Ribeiro Telles, primeiros Presidentes, Henrique Barrilaro
Ruas, Portugal da Silveira, Fernando Quintais, Neves da Costa, Marco Monteiro
de Oliveira, Quintão Caldeira, muitos que nos deixaram a Saudade e muitos
poucos que hoje continuamos a senda à 40 anos iniciada.
2.MITOS DA HISTÓRIA- Como sempre estão na moda na
Estória, dando como exemplo, entre outros, a recente descoberta, a propósito do
25 de Abril, de uma “contra-revolução” que teve lugar em Coimbra e de que
ninguém, dos então presentes, se apercebeu.
3.CELIBATO DOS PADRES CATÓLICOS- A propósito das
Europeias, um grupo de Mulheres vem reclamar ao Papa para este abolir esse
celibato, porque querem viver com eles! Qual o problema em viver? É apenas uma
regra que se aceita livremente caso se opte pelo Sacerdócio e não um dogma como
anotou há dias o Papa Francisco. Portanto, se esse grupo deseja casar com
Padres estes, se o desejarem, só têm de pedir dispensa do voto de celibato e,
depois, casam. Mas não acham que ser padre ou freira não se compatibiliza com
uma vida inteira de dedicação ao Sacerdócio e à Família?
4.MERECIDAS HOMENAGENS- A um Homem inteligente,
coerente, tolerante para com ideais diferentes, de mérito, Politico a sério e
sério, o Doutoramento “Honoris Causa” pela Universidade de Coimbra do Dr.
António Arnaut, um Amigo com quem, conversando, não se combatem ideias ou
ideais, mas sim se discutem frontal e pacificamente diferentes pontos de vista.
Outra homenagem, a um vulto insigne de Timor e de Portugal, culto, inteligente,
sempre Homem de Fé, humilde no trato, o Bispo Emérito de Timor Leste, D. Carlos
Ximenes Belo, que há dias esteve entre nós para o lançamento de um seu livro
que nos dá um melhor e profundo conhecimento de um País, com uma História de
centenas de anos, de Pessoas “sem saberem ler nem escrever” e cujos Chefes
Locais, de diversas designações, transmitem os conhecimentos sobre a sua Terra,
enumerando, “de memória” (!), todos os nomes desses inumeráveis Chefes! Timor,
um dos casos à parte na História de Portugal. Lembra-nos este caso a aberrante
cedência do Estado Português da Índia!.
Tal como Cabinda, autónoma e também ligada directamente
ao Rei de Portugal, a “exemplar colonização” entregou a um País descolonizado
mas que continuou debaixo de acesa ditadura que ainda hoje tem que enfrentar os
Movimentos de Resistência naquele Território, agora sim, Colónia de Angola. E
tal como Macau, não colónia mas sim concessão da própria China e que,
contrariada teve que recebê-la de volta. E hoje não falo do território
português de Olivença, porque este, pela lei internacional, é mesmo português e
não espanhol. E que não é caso idêntico ao de Gibraltar que Espanha
continuamente reclama a Inglaterra.
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