Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

terça-feira, 29 de maio de 2012

Kung Fu e "facas voadoras" no PS Braga

A cinco dias das eleições na concelhia do PS/Braga sobe o tom das acusações cruzadas entre os dois candidatos à liderança.

O vice-presidente da Câmara, Vítor de Sousa lançou várias críticas à postura assumida pela candidatura de António Braga, considerando mesmo que o presidente da Assembleia Municipal (AM) tem apenas um projeto de ambição meramente pessoal. "Toda esta forma de estar num quadro de uma candidatura interna ao partido é distintiva, não é a nossa forma de estar. Temos um dossier exaustivo relativamente a um conjunto de atitudes e de comportamentos que a meu ver não só não agradam aos interesses do partido socialista, e antes pelo contrário, relevam que este não é um projeto político, mas um projeto de ambição meramente pessoal".
Por seu lado, António Braga acusa a candidatura de Vítor de Sousa de ter uma visão de um partido fechado, ao género de uma seita, ao contrário, argumenta, da postura assumida pela sua candidatura. "Os socialistas têm que decidir qual é o seu candidato à Câmara Municipal de Braga. E vão fazê-lo como? Às escondidas? Guardado entre os muros e fechados na sede do PS? Não. Há uma diferença absolutamente radical entre aqueles que têm uma visão de um partido fechado numa espécie de seita onde só alguns dominam códigos de comunicação e do que quer que seja dentro de um partido. Eu não defendo isso. Defendo um partido de portas abertas, capaz de dar a conhecer aos seus concidadãos, ao mesmo tempo que dá aos seus militantes de quais são as suas propostas e os seus projectos.
Os dois candidatos à liderança da comissão política acusam-se mutuamente de serem responsáveis pela não realização de qualquer debate entre ambos, com duras trocas de acusações.
Vítor de Sousa acusou ainda António Braga de ter agido de forma incorreta, ao ter divulgado à comunicação social a carta que lhe enviou, na qual proponha os debates. Argumentando ainda que bastava apenas um telefonema de António Braga para combinar a organização dos debates. Por isso, acusa o Presidente da Assembleia Municipal de ter mediatizado a questão, expondo o PS na praça pública.
Na resposta, António Braga contesta toda a argumentação de Vítor de Sousa, afirmando que "já vi melhores desculpas para não se promover um debate político. Quem ficou a perder foram os bracarenses e os militantes. Não é uma questão pessoal, é uma questão de projetos políticos internos que se apresentam e que têm de ser decididos. (...) Do que resultar agora da eleição com os militantes, serão depois os cidadãos da comunidade a decidir o que vai ocorrer".
Para António Braga não restam dúvidas de que Vítor de Sousa fugiu ao debate, o que demonstrou a “fragilidade” do seu opositor. O líder da AM explica também os motivos que o levaram a não telefonar diretamente ao vice-presidente da Câmara de Braga. "Eu sempre disse que não faço negócios políticos. Não tinha de ter uma uma resposta reservada. Entendo que a ausência do debate apenas demontrou fragilidade da outra candidatura".

Sem comentários:

Enviar um comentário