Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Jornal Diário do Minho: PPM afirma que a abstenção é “contra” a alteração da lei

O Partido Popular Monárquico veio ontem a público salientar que «a maioria dos portugueses não se pronunciou» no referendo de Domingo sobre a despenalização do aborto até às 10 semanas. Assim, para os responsáveis monárquicos, «sobre a questão concreta “se é necessário alterar a lei?” a grande maioria dos portugueses manifestou-se pelo “não” através do seu direito ao absentismo».

Em comunicado, assinado pelo líder da bancada da Assembleia Municipal de Braga, Manuel Benninguer, o PPM considera que, apesar de terem aumentado os valores de participação eleitoral relativamente ao último referendo, «o facto é que os portugueses optaram por manifestar que esta situação não merece ser alterada, com um claro 56,4% de abstenção e um concreto 40,8 por cento de votantes “não”».

Os responsáveis monárquicos reforçam que «mais de quatro milhões de portugueses não afirmaram a sua vontade real de mudar a situação actual», pelo que «extrapolando os valores obtidos o “sim” representaria 25 por cento dos eleitores». Para o PPM, o resultado «não torna o referendo juridicamente vinculativo, devendo, por isso, ser respeitada a vontade da maioria dos portugueses, que numa clara demonstração de cidadania não quiseram alterar a lei existente».

Os monárquicos frisam que foram dos poucos partidos que «assumiram ser contra o aborto, não tomando parte da campanha por se tratar de uma questão ética e de consciência pessoal», ao contrário do PS liderado por José Socrátes, que «transformou um acontecimento político-partidário». Em todo o caso, o PPM felicita «a forma como decorreu o acto eleitoral e o elevado espírito cívico com que os eleitores brindaram a democracia portuguesa».