Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Monçanense é candidato pelo Partido Popular Monárquico

Jornal “A terra minhota”, de 1 de Junho, pág. 20


Monçanense é candidato pelo Partido Popular Monárquico

Júlio Domingues, embora nascido em Melgaço, desde há muitos anos reside em Longos Vales, no concelho de Monção, e é o cabeça-de-lista pelo distrito de Viana do Castelo do Partido Popular Monárquico. Estreante, defende o regresso à monarquia para fomentar a coesão social.

O candidato refere que desde 1957 um grupo de monárquicos começou a mobilizar-se com João Camossa e Henrique e apresentaram-se como opositores ao Estado Novo. Desde sempre que o PPM apresentou uma lista por Viana do Castelo, porque como defende Júlio Domingues, “o PPM considera-se o único herdeiro da fórmula partidária, do constitucionalismo monárquico do século XIX”. O candidato refere que o Partido pelo qual concorre participou no III Congresso da Oposição, de Aveiro, e no pós-25 de Abril, o monárquico Ribeiro Teles participou na Aliança Democrática com Sá Carneiro e Freitas do Amaral.

Actualmente o PPM é dirigido por Paulo Estêvão, deputado nos Açores e um dos “objectivo dos actuais órgãos do Partido é fazê-lo regressar ao Parlamento e ao Governo do país, readquirindo, desta forma, um lugar cimeiro no actual sistema político português”.

Júlio Domingues reconhece a dificuldade em ser eleito deputado, mas informa que o movimento monárquico acredita na eleição dos elementos do PPM de Braga, Manuel Beninger e António Machado. No entanto, a par da defesa dos valores da família e de outras obras prioritárias para o distrito de Viana do Castelo, Júlio Domingues não deixa de elogiar uma obra distrital. Júlio Domingues refere o Parque Eólico do Alto Minho I não só em termos de criação de emprego, mas também paisagístico, “foi uma mais-valia para o distrito”, acreditando que o futuro da região necessita de obras semelhantes e na aposta “consistente” no turismo rural.

Como monárquico critica a figura do presidente da República, porque “quando é eleito é para dez anos”, constata. Segundo o candidato do PPM distrital, “nos primeiros cinco anos tenta ser cordato e não compromete a tão desejada reeleição para manter o clientelismo. No segundo mandato, é mais interventivo com vista a favorecer as forças políticas que o elegeram”.

Júlio Domingues lembra ainda as vantagens de um regime monárquico em relação à República, dando o exemplo de Espanha. Portugal custa a cada cidadão 1,58 euros e a monarquia em Espanha custa 0,19 euros. O Estado português transfere 16 milhões para a República enquanto em Espanha a monarquia representa 9 milhões de euros.

Na opinião de Júlio Domingues, “os portugueses tem razões para pôr este Governo e os anteriores em tribunal. E Cavaco Silva não é excluído”, conclui Júlio Domingues.