A decisão de Carlos César em não avançar para uma recandidatura a um novo mandato à Presidência do Governo Regional dos Açores abre dois cenários: o da alternância partidária e o de uma minoria na Assembleia Legislativa Regional.
Para Paulo Estêvão, líder do PPM-Açores, a decisão do actual líder do PS/Açores é uma questão importante. Isso porque “nunca um Presidente do Governo Regional foi derrotado em eleições. A alternância política nos Açores é muito difícil e só acontece quando o Presidente não se recandidata. Isso aconteceu uma vez, em 1996, e permitiu a alternância”. Assim, e na óptica de Paulo Estêvão, há a real perspectiva de alternância e, acrescenta, “de não haver maioria absoluta”. Nessa medida, partidos como o PPM-Açores podem vir a ganhar relevância, já que poderá ser necessário constituir-se um “bloco centro-direita”. Ainda que cada partido avance por si para as eleições legislativas de 2012, Paulo Estêvão não coloca de parte a existência de uma coligação no Parlamento Regional entre PSD, CDS-PP e PPM por forma a se obter uma maioria de direita. Se tal for o caso, e perante a hipótese do PSD/Açores obter a maioria dos votos, o PPM está disponível.
Fonte: Expresso das nove