D. PEDRO V, nasceu a em 16 de Setembro de 1837 no Real Palácio das Necessidades em Lisboa, primogénito da Rainha D. Maria II e do Príncipe Consorte, depois Rei de Portugal, D. Fernando II.
Ascendendo ao trono em 1853 e aclamado cerca de dois meses depois, quando completou os 18 anos de idade, tornando-se no 32º Rei de Portugal.
Deu provas claras da sua exemplar vocação governativa, recebendo o cognome de O Esperançoso – outros o cognominaram de O Bem-amado ou de O Muito Amado, em conformidade e homenagem a uma das suas mais admiráveis acções enquanto Soberano que foi o de ter conseguido reconciliar o povo com a Casa Real ao lograr livrar o país do ambiente de tensão e de guerra civil que marcara o reinado de sua mãe.
Foi homem de refinada formação moral e intelectual, encontrando em Alexandre Herculano – seu educador – a melhor fonte de inspiração nessa formação.
Teria sido um Monarca sensível aos valores humanitários ao posicionar-se, pessoalmente, como um dos adeptos europeus da abolição da escravatura, (o que terá provocado alguns embaraços nas relações diplomáticas entre Portugal e a França) e ao visitar hospitais e não se coibindo, neles, de se colocar à cabeceira dos doentes vitimados pelas temíveis epidemias de cólera e febre-amarela que então grassavam no Reino. Foi aliás na área da saúde pública que a benignidade deste monarca inspirou nos povos um sentimento de amor e veneração por ele, que há muito não se via em Portugal. A ele e à Rainha Dona Estefânia, sua mulher, se deve a fundação do hospital que ainda ostenta o nome desta, entre outros hospitais públicos e instituições de caridade.
Ironicamente, D. Pedro V viria a falecer no mesmo Palácio em 11 de Novembro de 1861, onde nascera apenas 24 anos antes, supostamente por ter contraído febre tifóide, explicação que, contudo, não impediu a que o povo se amotinasse por suspeitar que o seu Bem-Amado Rei havia sido envenenado.
Está sepultado no Panteão dos Braganças no Mosteiro de S. Vicente de Fora.
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