quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"Portugal precisa de um Rei"

"Portugal precisa de um Rei", defende o manifesto hoje divulgado ao país, encabeçado pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles. O movimento que pretende restaurar o regime monárquico conta com o apoio, entre outros, do escritor Miguel Esteves Cardoso e do músico Pedro Ayres Magalhães.
Os subscritores falam numa "ameaça de perda de soberania" e  admitem que os portugueses têm razão para não confiar no futuro. O "Manifesto: Instaurar a Democracia, Restaurar a Monarquia" visa combater o enfraquecimento das "estruturas democráticas, a visível delapidação dos valores morais na política", o estado "caótico" da Justiça e a "aparente dependência das mais diversas forças de influência".

Apelo à sociedade civil
"Nós, monárquicos, portugueses e democratas de sempre, não desistimos de Portugal", enfatizam os subscritores, que se auto intitulam de  "empenhados cidadãos portugueses".
No documento, os monárquicos apelam à sociedade civil para uma "séria discussão" em torno da chefia de Estado e sobre um regime que "foi imposto ao povo pela lei das armas e precedido de um grave homicídio, que nunca foi julgado".
De acordo com o manifesto, vivemos numa liberdade "em que a verdadeira democracia está ausente", pelo que apenas um "chefe de Estado eleito pela História" poderá representar uma "chefia suprapartidária e independente".
"Terá de ser alguém que conheça as pegadas históricas e que nos diga de onde viemos. Alguém que veja uma continuidade e não uma rutura episódica, ditada por interesses partidários. Um chefe de Estado que esteja ao serviço da nação e que não se sirva dela. Portugal precisa de uma Monarquia. Portugal precisa de um Rei", lê-se no documento.
Além de Gonçalo Ribeiro Teles, subscrevem também este manifesto Abel Silva Mota (advogado), Aline Gallasch-Hall (docente universitária), Ana Firmo Ferreira (publicitária), António Pinto Coelho (empresário), Filipe Ribeiro de Meneses (historiador), João Gomes de Almeida (publicitário), Ivan Roque Duarte (jurista), Luís Coimbra (engenheiro), Maria João Quintans (paleógrafa), Miguel Esteves Cardoso (escritor e cronista), Nuno Miguel Guedes (jornalista), Paulo Tavares Cadete (gestor), Pedro Ayres Magalhães (músico), Pedro Ferreira da Costa (publicitário), Pedro Policarpo (economista), Pedro Quartin Graça (professor universitário) e Ricardo Gomes da Silva (empresário).

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