País situado entre o subcontinente indiano, a Ásia Central e as nações
do Médio Oriente.
Apesar de uma paisagem inóspita de montanhas escarpadas e de áridos
desertos, tem estado envolvido, quase continuamente, envolvido em guerras,
migrações, conflitos comerciais e políticos.
Foi conquistado por Alexandre, o Grande, e depois da sua morte integoru
o Estado de Bactriana.
A sucessão de dominadores estrangeiros foi continuada pela conquista
árabe e pela conversão ao Islão no século VII.
O mais importante governante muçulmano foi Mahmud de Gazna, que
transformou o Afeganistão num centro de poder islâmico no início do século XI.
O país foi invadido pelos mongóis, sob o comando de Gengis Kahn, em
1222, só conseguindo a unidade sob um líder autoctone quando, em 1747, Ahmad Xá
fundou a dinastia durani em Kandahar.
No século XIX e princípio do século XX, três guerras foram causadas
pelos esforços britânicos em limitar a influência russa no Afeganistão.
Na primeira, entre 1838 e 1842, uma tentativa britânica para substituir
o senhor de Cabul, Dust Mohammad, foi repelida.
A segunda, entre 1878 e 1880, aconteceu por o emir favorecer os russos e
recusar o acesso à cidade do representante britânico.
Pelo Tratado de Gandamak de 1879, os ingleses obtiveram o controlo do
desfiladeiro de Khyber – uma rota importante entre o actual Paquistão e a Ásia
Central – e com ele o controlo da política externa afegã.
Sob Abdurrahman Khan, que se tornou emir em 1880, um governo central
forte foi implantado, e os seus herdeiros conseguiram alguma modernização e
reforma social.
A terceira guerra anglo-afegã começou em 1919, quando o novo emir,
Amanullah, atacou a Índia britânica.
Embora repelido, obteve independência integral pelo Tratado de Rawapindi
de 1919.
A monarquia, fundada por Amnullah em 1926, manteve-se até ser derrubada
pelo golpe militar de 1973. Em 1978, depois do assassínio do general Mohammad
Daud Khan – que dominava a vida política desde os anos 50 – a nova República
Democrática do Afeganistão embarcou numa série de reformas, mas manteve um
clima tenso e agitado no mundo rural.
Em Dezembro de 1979, tropas soviéticas ocuparam o país e colocaram como
presidente o líder do partido marxista afegão, Babrak Karmal.
A guerrilha mujahidin (combatentes da liberdade), equipada com
aramamento norte-americano, declarou então a guerra santa (jihad) contra as
forças armadas e apoiadas pelo exército soviético.
Cerca de cinco milhões de refugiados fugiram para o Paquistão. Por volta
de 1987 o custo da intervenção soviética tornava-se incomportável para Moscovo,
que começou gradualmente a retirar até ao último soldado.
Em 1989 já não havia tropas soviéticas no afeganistão. O governo
marxista foi deposto em 1992, mas o seu substituto estava minado por
rivalidades faccionais e a guerra civil continuou.
Um plano das Nações Unidas para a transferência de poder para um
conselho interino foi adiado em 1995 perante a ofensiva dos taliban (exército
de estudantes islâmicos), que têm vindo progressivamente a ocupar a quase
totalidade do território, o que levou a que os norte-americanos e outros países
invadissem o Afeganistão, não se sabendo ainda quando irá terminar a ocupação e
a guerra iniciada em 2002.
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