O jornalista e etnógrafo João Sarabando (1909-1996), colaborador do jornal República, escreveu uma pequena peça sobre Olivença na sua secção Miradoiro. Resultado, o texto foi totalmente cortado pela Comissão de censura salazarista. Tão patriota, Salazar, que envolveu o País numa guerra de três frentes para defender a «integridade da Pátria» na Guiné, em Angola e em Moçambique, mas pactuou com a usurpação de Olivença aqui, no Alentejo, em Portugal. Pactuou, reprimiu quem protestava. Aliás, os governos anteriores, da Monarquia, da I República, tal como os posteriores, pós 25 de Abril, com maior ou menor repressão, têm feito o mesmo. Pactuar, ignorar, fingir que o problema não existe.
"Que o exílio é triste, como duras são as algemas", dizia Sarabando a terminar o seu artigo. É bem verdade.
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