Cidadãos de diferentes quadrantes políticos debatem esta segunda-feira,
em Coimbra, a possibilidade de fundarem um movimento cívico para «mudar o regime e salvar a democracia».
O médico Jaime Ramos, que assume o papel de dinamizador da iniciativa,
defendeu, em declarações à Lusa, a necessidade de «o regime e os partidos mudarem para melhor», salvaguardando «a democracia e a própria liberdade».
Portugal «alienou soberania para
ter acesso a empréstimos internacionais», disse o promotor do encontro.
Caso o movimento seja criado, deve materializar «uma atitude patriótica» face à troika internacional, para «que não sejam meia dúzia de pessoas a impor»
o futuro de Portugal.
Por outro lado, segundo Jaime Ramos, militante do PSD e antigo
governador civil de Coimbra, os partidos que têm passado pelo Governo, em
democracia, «têm conduzido a opinião
pública para um pensamento único», também «patrocinado por uma comunicação social» dominada, nalguns casos, «por capitais estrangeiros (...) que defende
os interesses que não são os nossos».
«Se as pessoas ficarem inquietas,
os extremos vão tomar conta de nós e de Portugal», avisou, frisando que «não serão os extremos, de direita ou de
esquerda, que poderão salvar e melhorar a democracia».
O antigo líder do PSD no distrito de Coimbra considera que «a democracia está capturada por aparelhos
partidários, do poder e da oposição, feitores dos interesses financeiros» e
que importa «salvar a democracia, porque
as crises económicas e morais podem fabricar ditaduras».
O primeiro encontro, denominado «Ideais do Centro»,
realiza-se esta segunda-feira, às 21:00, no hotel D. Luís, em Coimbra.
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