sábado, 28 de julho de 2012

Pode estar a nascer um movimento cívico para «mudar o regime»

Cidadãos de diferentes quadrantes políticos debatem esta segunda-feira, em Coimbra, a possibilidade de fundarem um movimento cívico para «mudar o regime e salvar a democracia».
O médico Jaime Ramos, que assume o papel de dinamizador da iniciativa, defendeu, em declarações à Lusa, a necessidade de «o regime e os partidos mudarem para melhor», salvaguardando «a democracia e a própria liberdade».
Portugal «alienou soberania para ter acesso a empréstimos internacionais», disse o promotor do encontro. Caso o movimento seja criado, deve materializar «uma atitude patriótica» face à troika internacional, para «que não sejam meia dúzia de pessoas a impor» o futuro de Portugal.
Por outro lado, segundo Jaime Ramos, militante do PSD e antigo governador civil de Coimbra, os partidos que têm passado pelo Governo, em democracia, «têm conduzido a opinião pública para um pensamento único», também «patrocinado por uma comunicação social» dominada, nalguns casos, «por capitais estrangeiros (...) que defende os interesses que não são os nossos».
«Se as pessoas ficarem inquietas, os extremos vão tomar conta de nós e de Portugal», avisou, frisando que «não serão os extremos, de direita ou de esquerda, que poderão salvar e melhorar a democracia».
O antigo líder do PSD no distrito de Coimbra considera que «a democracia está capturada por aparelhos partidários, do poder e da oposição, feitores dos interesses financeiros» e que importa «salvar a democracia, porque as crises económicas e morais podem fabricar ditaduras».
O primeiro encontro, denominado «Ideais do Centro», realiza-se esta segunda-feira, às 21:00, no hotel D. Luís, em Coimbra.

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