João Cepa considera medida «absurda» e «desnecessária»
O presidente do Município, João Cepa, anunciou que se recusa «liminarmente» a participar na Reforma Administrativa Territorial Autárquica (RATA) e que estará ao lado dos autarcas e populações na contestação à sua implementação.
O presidente do Município, João Cepa, anunciou que se recusa «liminarmente» a participar na Reforma Administrativa Territorial Autárquica (RATA) e que estará ao lado dos autarcas e populações na contestação à sua implementação.
O autarca alegou que a aplicação da reforma, que considera «absurda»,
não representará ganhos económicos para o país, irá antes prejudicar as
populações, e como tal, não se quer associar a uma medida «desnecessária» e que
«só vai criar conflitos».
«Se por um lado me choca a ideia de serem uns tecnocratas lisboetas, que
nem sequer sabem onde fica cada uma das 15 freguesias do concelho de Esposende,
a decidirem o futuro do mesmo, por outro lado não posso de forma alguma
contribuir para a implementação de uma reforma sem sentido, que vai dividir a
população do meu concelho e que vai prejudicar o seu desenvolvimento», sustentou.
Para João Cepa, a RATA, mais do que uma imposição da troika, «é uma reforma
que se vai fazer porque alguns senhores do poder assim querem, sem se
preocuparem minimamente com as consequências negativas que a mesma vai ter para
as populações».
«É fruto do capricho de meia dúzia de políticos que não fazem a mínima
ideia do que é ser autarca, pela sigla já se vê a qualidade da reforma», atirou
o autarca, referindo que o concelho de Esposende não precisa da reforma.
Com a agregação de freguesias, notou o edil, vai-se perder proximidade
com as pessoas e os custos de funcionamentos das Juntas de Freguesia poderão ser
acrescidos. «Havendo freguesias de maior dimensão, vai haver presidentes de
Junta quase profissionais, com vencimentos muito mais elevados. Portanto, não é
uma questão financeira, uma questão de necessidade do país, e não é a troika
que quer, porque se a troika já deu sinais de abertura para rever o défice,
também estará disponível para rever esta questão», acrescentou.
As Assembleias Municipais têm até aos primeiros dias de outubro para
remeterem à Assembleia da República as propostas de aplicação da reforma nos seus
concelhos. Caso não o façam, será uma comissão técnica nomeada pelo Governo que
decidirá. Em Esposende, o tema será discutido na próxima sessão da Assembleia
Municipal, no final do mês de setembro.
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