Lusa - A Plataforma de Cidadania, formada pelo PPM e PND para as eleições de
outubro nos Açores, pediu a "intervenção imediata" do Governo
Regional para evitar um "descalabro" de desistências de alunos
universitários por dificuldades económicas.
“Sei que as coisas estão difíceis, mas, se há dinheiro para festivais e
para situações que não têm nada a ver com o nosso desenvolvimento, o Governo
Regional poderia abrir um programa de bolsas para que alunos mais carenciados
possam estudar”, afirmou Rui Simas, cabeça de lista da Plataforma de Cidadania
pelo círculo de S. Miguel, em declarações aos jornalistas no final de uma
reunião com o reitor da Universidade dos Açores.
Rui Simas frisou que há "cerca de 400 estudantes" que não se
podem inscrever porque têm propinas em atraso, defendendo a necessidade de uma
"intervenção social" do executivo regional, através de "um
programa de bolsas para os alunos mais carenciados".
“Se não, o que vai acontecer?", questionou o candidato, respondendo
que "estas pessoas vão para o desemprego”.
Para Rui Simas, é preciso "evitar o descalabro enorme", que
seria cerca de 400 alunos "ficarem pelo caminho por falta de condições
financeiras para prosseguir os estudos".
O candidato da Plataforma de Cidadania salientou que esta situação
representa "uma regressão no acesso ao ensino superior, que está cada vez
mais para as classes mais favorecidas e para as elites", criticando o
Governo da República por "não dar uma almofada de subsistência às pessoas,
mas dar perdão às grandes empresas".
Rui Simas voltou a reivindicar "um perdão fiscal para as famílias,
micro, pequenas e médias empresas", uma exigência que consta do programa
eleitoral da Plataforma de Cidadania.
“A banca nos Açores deveria pagar como pagam as outras empresas e o
Governo Regional deve ter esta verba como almofada para apoio às empresas e
famílias”, defendeu Rui Simas.
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