Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

domingo, 7 de outubro de 2012

102 DEPOIS…; por Drº Carlos Aguiar Gomes


A 5 de Outubro de 1910,por uma revoluçãozeca e traição de muitos, uma minoria impôs um regime que nunca foi referendado. Por telefone, os vira-casacas aceitaram o novo modelo que de modelar, exemplar, nunca nada teve. Hoje, segundo os herdeiros ideológicos da efemeridezinha, dizem que o povo aplaude a república. Vêem-se nas televisões multidões incontáveis nas ruas e praças deste país! Mentira. O que se viu nas televisões, foi muita polícia e meia dúzia de curiosos. Entretanto os celebrantes, muitos obrigados por inerência de funções e já sem qualquer convicção, refugiaram-se no “ Pátio das Galés”, bem escondidos das multidões vibrantes que nas ruas e praças de Portugal tomaram, eufóricas, todos os milímetros quadrados não deixando espaço livre para a tão esperada e desejada exaltação da república e, sobretudo, dos enormes benefícios que nos está a dar. Essa multidão esperava dar gritos à república salvadora, amiga do povo, como se está a ver e a sentir hoje…Mas essa multidão, deseja da e sonhada, ficou em casa. Ficou escondida e temerosa que amanhã, dia 6,a república lhe meta mais uma vez as mãos nos seus bolsos já vazios e até sem cotão…Essa multidão escondida e cheia de medo e de raiva não compareceu no “Pátio das Galés” nem nas ruas nem nas praças nem nos cemitérios de Portugal a prestar homenagem aos “heróis” (!!!) da república! Não, 102 anos depois Portugal está moribundo. Sem esperança. Sem crédito. Sem dinheiro. Sem Homens que amem o seu e nosso país, o sirvam e não se sirvam. Sem memória.Com vergonha dos políticos que, em nome dos chamados valores republicanos, nos conduziram a esta miséria colectiva.
Com uma Monarquia estaríamos melhor? Não sei. Sei que pior não era possível. Que o Rei, imparcial, memória viva de Portugal, ao menos nos transmitiria a esperança da perenidade da Pátria. O Rei não é um símbolo efémero. O Rei é a Pátria eterna. O Rei lembra-nos todos os que construíram Portugal, nos bons e nos maus momentos.
Hoje, dia 5 de Outubro, não é nem pode ser dia de festarolas. Até porque o povo não adere. Nunca aderiu à república! Os factos passam diante dos nossos olhos nas televisões. O povo não participa. O Governo da república refugia-se com medo do Povo. Não há festa. Não pode haver. Há é pobreza crescente, desemprego galopante, tristeza colectiva, assalto aos nossos bolsos…a república prometeu “ mundos e fundos”, caluniou o Rei e a Família Real, assassinou, manchou-se de sangue…e aí a temos; desfalecida, pobre, anémica, com meia dúzia de saudosistas de um passado inglório e coberto de opróbrio… E, como pode esperar-se que alguém, com um mínimo de dignidade e de pudor possa dar um só “viva a república”?
Haja vergonha!

Carlos Aguiar Gomes
(Presidente da Associação Famílias)

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