“O que espera o Governo para se demitir?”
Esta foi uma questão colocada num artigo de opinião do Diário de
Notícias, pela pena de alguém para quem os portugueses já não têm paciência. E
nem a idade avançada, bem como o evidente estado senil da criatura,
justificam a complacência para com essa aventesma política, que nos últimos
tempos sempre que opina é só para asneirar.
Mas se há camaradas de partido da criatura de
bochechas protuberantes que abominam semelhante afirmação, esse
alguém chama-se Vítor de Sousa.
Contra todos os processos, denúncias e artigos jornalísticos
comprometedores que o atacaram recentemente, este "peso-pesado" da
política bracarense resistiu a um verdadeiro tornado político e vai mesmo
avançar para a sucessão do dinossauro autárquico bracarense.
E nem mesmo uma suposta tentativa de golpe palaciano de
última hora, perpetrado por um certo clã com ligações
estreitas à política, igreja e maçonaria, lograram afastá-lo.
Mérito para o Vítor enquanto hábil político. Apesar de não ser
propriamente o paradigma de um gajo porreiro, ao longo dos anos granjeou os
apoios necessários dentro do aparelho rosa, quer a nível local, quer a nível
nacional. Consegue também mover-se com ligeireza pelos meandros de outros
sectores da sociedade: empresas, organizações sociais, etc. E conseguiu ainda estabelecer
uma espécie pacto de não agressão com um famoso bloggerbracarense de
vocação satírica, inspirado numa figura vestida de negro da Semana Santa.
Durante a recente visita do Vereador do Rio de Janeiro, coube-lhe a ele
as honras de abrir os Paços do Concelhos, já que o dinossauro se encontrava
nas longínquas terras da Transilvânia, quiçá à caça de algum
vampiro.
Se o governo de coligação nacional durar até às autárquicas, o eterno
presidente das festas de S. João tem assim a cadeira de sonho da edilidade à
sua mercê. Não porque os bracarenses lhe reconheçam competências para o dito
lugar, mas porque o voto no PS representará um voto contra Passos, Gaspar e a Troika.
Não será propriamente um voto em Vítor de Sousa.
Caso o governo caia, ou se dê um milagre que faça descer o desemprego e
disparar o crescimento económico antes das autárquicas, aí os bracarenses irão
eleger Ricardo Rio para presidente.
São estas as vicissitudes do nosso sistema democrático.
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