sábado, 24 de novembro de 2012

Rei morto, rei posto


“O que espera o Governo para se demitir?” 
Esta foi uma questão colocada num artigo de opinião do Diário de Notícias, pela pena de alguém para quem os portugueses já não têm paciência. E nem a idade avançada, bem como o evidente estado senil da criatura, justificam a complacência para com essa aventesma política, que nos últimos tempos sempre que opina é só para asneirar. 
Mas se há camaradas de partido da criatura de bochechas protuberantes que abominam semelhante afirmação, esse alguém chama-se Vítor de Sousa.
Contra todos os processos, denúncias e artigos jornalísticos comprometedores que o atacaram recentemente, este "peso-pesado" da política bracarense resistiu a um verdadeiro tornado político e vai mesmo avançar para a sucessão do dinossauro autárquico bracarense.
E nem mesmo  uma suposta tentativa de golpe palaciano de última hora, perpetrado por um certo clã com ligações estreitas à política, igreja e maçonaria, lograram afastá-lo.
Mérito para o Vítor enquanto hábil político. Apesar de não ser propriamente o paradigma de um gajo porreiro, ao longo dos anos granjeou os apoios necessários dentro do aparelho rosa, quer a nível local, quer a nível nacional. Consegue também mover-se com ligeireza pelos meandros de outros sectores da sociedade: empresas, organizações sociais, etc. E conseguiu ainda estabelecer uma espécie pacto de não agressão com um famoso bloggerbracarense de vocação satírica, inspirado numa figura vestida de negro da Semana Santa. 
Durante a recente visita do Vereador do Rio de Janeiro, coube-lhe a ele as honras de abrir os Paços do Concelhos, já que o dinossauro se encontrava nas longínquas terras da Transilvânia, quiçá à caça de algum vampiro. 
Se o governo de coligação nacional durar até às autárquicas, o eterno presidente das festas de S. João tem assim a cadeira de sonho da edilidade à sua mercê. Não porque os bracarenses lhe reconheçam competências para o dito lugar, mas porque o voto no PS representará um voto contra Passos, Gaspar e a Troika. Não será propriamente um voto em Vítor de Sousa.
Caso o governo caia, ou se dê um milagre que faça descer o desemprego e disparar o crescimento económico antes das autárquicas, aí os bracarenses irão eleger Ricardo Rio para presidente. 
São estas as vicissitudes do nosso sistema democrático.

Sem comentários:

Enviar um comentário