O nome de «Avintes» surge, frequentemente, aliado à broa. Contudo, os
tempos áureos do fabrico e distribuição deste produto já lá vão Embora ainda
hoje se possa falar na padaria como uma das mais importantes actividades da
freguesia, não tem já - nem de longe nem de perto - a imponência e o
significado que teve noutros tempos, principalmente no século XVIII.
Por essa altura, a moagem dos cereais era a principal ocupação
em Avintes. Gondim («Avintes e suas Antiguidades»),baseando-se nas suas
investigações, nota que em 1764 havia grande quantidade de pessoal empregado nesta
actividade. Segundo o mesmo autor, em 1747 coziam-se, por semana, na freguesia,
96 carros deste pão. Em 1758 as águas do Febros
faziam girar cinquenta rodas de moinhos.
No entanto, a apetência da freguesia para a moagem surgiu
muito antes. De acordo com estudos realizados, a actividade deve ter surgido no
reinado de D. Dinis. Este monarca, receoso dos incêndios, proibiu a cozedura do
pão de milho na cidade. Estavam, então, abertas as portas da oportunidade para
Avintes. A produção aumentava.
O seu especial paladar abriu-lhe fronteiras e trouxe-lhe a fama. O
cuidado com que era tratado, o ser fabricado de farinha recentemente moída em
bons moinhos de água, como são os do Febros, davam-lhe um gosto inimitável. O
desenvolvimento desta área atingiu níveis inicial mente impensáveis.
Este selo pode ser "lambido", sabe a broa!
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