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Manuel Beninger

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CONFRARIA DA BROA DE AVINTES de VILA NOVA DE GAIA


O nome de «Avintes» surge, frequentemente, aliado à broa. Contudo, os tempos áureos do fabrico e distribuição deste produto já lá vão Embora ainda hoje se possa falar na padaria como uma das mais importantes actividades da freguesia, não tem já - nem de longe nem de perto - a imponência e o significado que teve noutros tempos, principalmente no século XVIII.
Por essa altura, a moagem dos cereais era a principal  ocupação em Avintes.  Gondim («Avintes e suas Antiguidades»),baseando-se nas suas investigações, nota que em 1764 havia grande quantidade de pessoal empregado nesta actividade. Segundo o mesmo autor, em 1747 coziam-se, por semana, na freguesia, 96 carros deste pão. Em 1758  as águas do  Febros faziam  girar cinquenta rodas de moinhos.
No entanto, a apetência da freguesia para a moagem surgiu muito antes. De acordo com estudos realizados, a actividade deve ter surgido no reinado de D. Dinis. Este monarca, receoso dos incêndios, proibiu a cozedura do pão de milho na cidade. Estavam, então, abertas as portas da oportunidade para Avintes. A produção aumentava.
O seu especial paladar abriu-lhe fronteiras e trouxe-lhe a fama. O cuidado com que era tratado, o ser fabricado de farinha recentemente moída em bons moinhos de água, como são os do Febros, davam-lhe um gosto inimitável. O desenvolvimento desta área atingiu níveis inicial mente impensáveis.

 Este selo pode ser "lambido", sabe a broa!

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