Missão: Promover o prato "Tripas à
Moda do Porto", realçando o seu valor gastronómico, o seu significado
histórico e, o interesse popular, turístico, cultural e económico. Promover a
investigação do património gastronómico da cidade do Porto nos seus múltiplos aspectos.
Promover mensalmente jantar de convívio tendo sempre um convidado que falará
sobre a cidade do Porto e dos seus múltiplos aspectos e História mantendo assim
o encontro transversal da sociedade tripeira que deseja o melhor para a sua
cidade do Porto.
O desconhecimento completo de um facto da história portuense, passado
quando reinava D. João Primeiro, dá frequente motivo a que, quando alguém muito
esperto pretende zombar de um filho da cidade do Porto, lhe atire
desdenhosamente à cara com a alcunha de tripeiro, como se fora o mais
ignominoso insulto.
O Portuense, conhecedor do facto ri-se e em vez de manifestar
descontentamento por tal alcunha, desnorteia o contendor acceitando-a com
legítimo orgulho.
Dos nossos comtemporâneos, poucos serão os que não possam de prompto
citar o facto histórico, senão em todas as suas particularidades, ao menos pela
rama.
Não obstante, vamos recordal-lo, um pouco pela satisfação de sermos
descendentes d'aquelles honrados portuenses que há 943 annos e um pouco para
elucidação dos estranhos que o não conheçam ou dos nossos que o tenham
esquecido. Eil-lo: As primeiras expedições guerreiro marítimas que deviam
collocar tão alto o nome lusitano e contribuir para o engrandecimento do
poderio territorial do paíz pelas terras d'alem mar, já que nas do continente
tinham ido até ao extremo as possibilidades d'essa expansão, devem-se às
suggestões do infante D. Henrique, filho de D. João I.
Annunciado o aprecebimento da primeira expedição a Ceuta, os burgueses
do Porto mal o souberam, não desmentindo a sua fama de audazes e intrépidos,
quizeram os primeiros a cooperar no grandioso sonho do infante, e à sua custa,
apparelharam uma poderosa armada de mais de setenta embarcações, que em pode
sair galhardamente pela barra do Porto fora em busca de glória para a a nação e
mais um forão para a coroa real.
Para abastecer tão numerosa esquadra não foi das mais apoucadas a
generosidade dos nossos conterrâneos. Não quiz ella que a falta de víveres
pudesse crear obstáculos ao bom êxito da aventura. Abateu um enorme numero de
cabeças de gado bovino com cuja carne limpa abasteceu prodigamente as dispensas
das embarcações, de modo que chegassem para longo prazo, e reservou para a
alimentação dos que ficaram os miudos do gado, as tripas, como vulgarmente se
lhes chama, com que se cosinha o celebre prato culinario muito apreciado dos
portuenses.
Eis ahi a origem do honrosos apodo de tripeiros.
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