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Manuel Beninger

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PPM acusa Governo dos Açores de faltar à verdade


Em causa, segundo Paulo Estêvão, estão as respostas do executivo socialista aos requerimentos apresentados pelos deputados, que além de conterem informações "ambíguas", chegam a "faltar à verdade", sem que daí resulte qualquer consequência administrativa ou política.
"Temos vários exemplos deste tipo de situações na atual legislatura", disse Paulo Estêvão, adiantando que vai propor a "formação automática" de uma comissão parlamentar de inquérito, "sempre que se prove que o Governo Regional faltou à verdade".
O deputado monárquico deu como exemplo o despacho 6/2012/A de 26 de outubro, que anula um concurso público para a contratação de um fisioterapeuta para a Unidade de Saúde do Corvo, que apesar de ter sido publicado em Diário da República a 09 de novembro de 2012, "afinal não existe".
"Em resposta a um requerimento do PPM", que exigia uma cópia do despacho, o Governo Regional vem agora dizer que essa "orientação" do secretário regional da Saúde "foi dada verbalmente, pelo que não é possível remeter cópia", referiu.
No seu entender, esta resposta vem confirmar a existência de "irregularidades" em todo este processo, razão pela qual os monárquicos vão remeter esta documentação ao Ministério Público para que investigue melhor.
Paulo Estêvão entende que os atuais mecanismos de fiscalização do Governo Regional, por parte da oposição, "estão ultrapassados" e "são absolutamente ineficazes", o que "impede que os deputados possam ter acesso à informação de uma forma célere e direta".
O deputado monárquico vai propor, por isso, que o Governo passe a ficar obrigado a responder aos requerimentos dos deputados em apenas 15 dias, em vez dos atuais 60 dias, para tornar "mais eficaz o controlo de fiscalização parlamentar".
Fonte da Secretaria Regional da Saúde, contatada pela Lusa, escusou-se a comentar as denúncias do deputado do PPM, remetendo quaisquer esclarecimentos para a resposta do Governo ao requerimento do deputado Paulo Estêvão.

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