PS mantém distância de direita em disputa à Câmara de Guimarães
Movimento juntará PPM, PND e Portugal Pró-Vida em Guimarães
No mês que clarificou as candidaturas à Câmara de Guimarães, pouco mudou
no eleitorado: só o BE subiu, mas sem incomodar. O PS lidera e a direita, da
coligação PSD-CDS, terá de contar com novo concorrente.
A festa de formalização da candidatura da coligação "Juntos por
Guimarães" (PSD-CDS), liderada por André Coelho Lima, à Câmara de
Guimarães, na noite de 24 de junho, foi grande, e terá deixado exultantes os
mil prosélitos presentes no S. Mamede. É certo que averbou mais 0,8% de
preferências, mas tal entusiasmo não parece, todavia, ter contaminado o
eleitorado vimaranense, que se manteve fiel às escolhas já manifestadas na
sondagem publicada pelo JN em maio, que dava 33% dos votos à coligação.
Assim, a candidatura do PS, liderada por Domingos Bragança, embora
descendo ligeiramente (1,4%), mantém larga dianteira, com 49,6% das intenções
de voto. A excessiva discrição de Bragança foi compensada com a apresentação do
trunfo maior do PS: o ex-presidente da Câmara, António Magalhães, a cumprir o
derradeiro mandato e cuja mitificação pelos indígenas já começou, é candidato à
Assembleia Municipal. Sem conseguir descolar, "Juntos por Guimarães" está
confrontada com fatores negativos que não controla, como o desgaste suscitado
pelas dissonâncias públicas do Governo suportado pelos partidos matriciais da
coligação vimaranense. Além disso, o seu espaço natural será disputado pelo
movimento de direita liderado pelo PPM, e que conta com o PND e o Portugal
Pró-Vida. A candidatura, já acordada e em vias de formalização, poderá cativar
a direita desiludida com os partidos governamentais.
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