A forma como está na vida é distinta. Não é apenas na cozinha do Porto
Palácio Hotel ou quando elabora o menu dos jogadores da selecção nacional de
futebol que se nota a sua paixão pela vida, é em todas as conversas e causas
que abraça e acredita. Falar de Monarquia e de Dom Duarte Pio de Bragança,
herdeiro do trono de Portugal, e detentor do título de Duque de Bragança, é
fácil para o chefe, pela admiração e amizade que os une. “A minha relação com o
senhor D. Duarte de Bragança é uma relação de profunda amizade que eu tenho por
ele, e ele, faz o favor também de ser meu amigo. Ele ouve muitas coisas que vou
dizendo e está muito atento a tudo o que se passa na sociedade. Não é uma
pessoa que viva num mundo de fantasia, nem ele, nem a família”.
Em cima da mesa estão peças que lhe são caras, todas ligadas à Casa Real
Portuguesa, como é o caso da faca, ainda por lavar, que cortou o bolo de
baptizado do Infante D. Dinis, (filho dos Duques de Bragança) “que espero vir a
oferece-lha no dia do seu casamento”, confidenciou-nos Hélio Loureiro. A
bandeira de Portugal (bandeira azul e branca, símbolo da monarquia portuguesa)
assinada por Xanana Gusmão, uma medalha de São Miguel da Ala, distinção mais
antiga de Portugal, do tempo de D. Afonso Henriques, comenda com que foi
distinguido e a comenda da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa criada
pelo rei D. João VI, que também lhe foi atribuída, fazem parte das muitas
histórias que espelham a sua estima e fidelidade à Casa Real Portuguesa.
“Ser monárquico não é ser saudosista
nem conservador. Não é uma coisa arcaica. É pensar com os olhos postos nas
monarquias europeias e ver o respeito que Portugal teria se tivesse uma
monarquia parlamentar, em que o povo poderia ser livre em toda a essência da
palavra”, explicou
o chefe, concluindo: “Aprende-se a ser
rei, mas não há escolas para presidentes”.
Sem comentários:
Enviar um comentário