No final da visita, D. Duarte manifestou a necessidade
de se apoiar o CSPMJS e afirmou que a “república entrou na bancarrota devido à
má gestão, gestão fraudulenta, incompetente e desonesta”.
Apelos à solidariedade das pessoas e apoios estatais
marcaram a visita, no dia 18 de janeiro, de Duarte Pio e Isabel de Herédia, duques
de Bragança, às instalações do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, bem
como às obras em curso do futuro lar de idosos da instituição taipense.
Apesar de o próprio D. Duarte ter afirmado que não se
pode ficar à espera que “o estado resolva tudo, defendeu, numa curta
declaração, que tem de se continuar a apoiar o tipo de instituições que tinha
visitado e apelou ainda ao voluntariado e à generosidade das pessoas, referindo
ainda a importância da interajuda entre as famílias.
Questionado sobre a situação social que o país
atravessa, D. Duarte foi contundente e afirmou que se explica pelo facto de a
república ter entrado na bancarrota “devido à má gestão, gestão fraudulenta,
incompetente e desonesta”. Evitando comentar a atuação do presidente da República,
acabaria por acrescentar que o fundamental seria examinar “como foram gastos e
desperdiçados os fundos públicos e como se gastou mais do que aquilo que
temos”.
D Isabel Herédia, que será embaixatriz de um jantar de
apoio ao centro social a realizar a 5 de abril, mostrou a sua satisfação pelo
trabalho que o centro social desenvolve, afirmando que se trata de um exemplo
para Portugal, e que seria muito bom que existissem “mais centros como este no
país, principalmente no tempo que vivemos, onde as pessoas estão a passar muito
mal”. Salientou ainda que as pessoas não se podem limitar a “dizer mal ou que
isto não funciona” mas que todos devem, das formas que puderem, “trabalhar para
sairmos desta situação”.
Duque de Bragança crítico no referendo à coadoção D.
Duarte Pio foi ainda confrontado com a aprovação do referendo sobre coadoção e
adoção de crianças por casais do mesmo sexo, recentemente aprovado no
parlamento. Apesar de salientar que se trata de assunto que precisaria de mais
tempo para ser explicado, D. Duarte afirmou que o que se pretende não se
confina ao que se quer referendar: “É uma maneira habilidosa de se tentar
chegar mais longe. O objetivo de quem propõe isto não é o que dizem, é de ir
mais longe. O objetivo é dizer que se trata de um casamento igual aos outros,
que podem adotar crianças como os outros. Isto tem de ser estudado por
especialistas. Deve-se perguntar aos especialistas se é bom ou benéfico ser
adotado por um casal de homossexuais e não decidir através de um referendo onde
as pessoas podem nem perceber sequer qual é a pergunta.
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