Brasão de Armas e Bandeira
da Comendadoria de Braga
No próximo sábado, dia 25 de Outubro, a
cidade de Braga irá receber o Grão-Mestre da Ordo Supremus Militaris Templi
Hierosolymitani (OSMTH), S.A.E. Dom Fernando Campelo Pinto Pereira de Sousa
Fontes para uma Solene Investidura Templária onde o seu padroeiro será
celebrado.
Contrariamente ao que a maioria dos
bracarenses pensa, o padroeiro da cidade não é São João ou Nossa Senhora do
Sameiro. Esse estatuto pertence, sim, ao primeiro prelado a ser denominado de
Arcebispo que foi São Geraldo.
São Geraldo era francês e tomou o hábito na
abadia de Moissac, um dos mosteiros da Ordem de Cluny ainda hoje famosa pelo
seu claustro românico. Distinguiu-se no campo das letras e da gramática, tendo
sido bibliotecário e mestre dos monges menos letrados. Foi transferido para a
Sé de Toledo, na qual foi fiel auxiliar do Arcebispo D. Bernardo até ser
nomeado para o sólio bracarense. Governou a diocese de Braga durante um curto
período de 12 anos, desde 1096 até 1108. Segundo a tradição terá baptizado D.
Afonso Henriques, embora este facto não tenha qualquer tipo de verificação
documental, aliás tal como o local de nascimento do primeiro Rei português.
Em Braga, para além das suas virtudes é bem
conhecida a sua acção pastoral e governativa. Preocupou-se pela introdução do
Rito Romano, em oposição ao rito hispânico, para além de incentivar a formação
do clero e as visitas pastorais para conhecer o seu território e ‘rebanho’.
Veio a falecer precisamente no dia 5 de Dezembro, o mesmo que é usado para celebrar
a sua memória no calendário litúrgico. São Geraldo visitava Bornes de Aguiar,
freguesia actualmente pertencente a Vila Pouca de Aguiar, onde se encontrava em
visita pastoral durante a qual efectuou a sagração de uma igreja, que ainda
hoje se pode contemplar nesta aldeia transmontana.
Os milagres que lhe são atribuídos na
região de Braga são inúmeros e vêm citados com pormenor numa biografia sua
escrita escassos anos após a sua morte, o que dá credibilidade à sua
virtuosidade. Devido à sua popularidade, granjeou o título de padroeiro da
diocese e, mais tarde, da cidade de Braga.
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