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Manuel Beninger

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dom Duarte de Bragança: «Não existe nem nunca existiu uma hipoteca sobre a minha casa de Sintra»

Dom Duarte de Bragança publicou na sua página de facebook o direito de resposta à notícia «D. Duarte tem hipoteca no BES. Casa de dois milhões responde por dívida de 25 milhões» publicado na revista Nova Gente, na edição de dia 20 de Outubro de 2014.
«Não existe nem nunca existiu uma hipoteca sobre a minha casa de Sintra», regista Dom Duarte Pio lamentando a falsidade da notícia.
Caiu que nem uma bomba. Uma revista cor-de-rosa noticiava que a casa de Sintra de D. Duarte Pio, avaliada em dois milhões de euros, estava penhorada ao Banco Espírito Santo (BES) para pagar uma dívida de 25 milhões de euros...
Os monárquicos portugueses estremeceram de aflição, o herdeiro do trono luso tinha sido apanhado no escândalo da família Espírito Santo! Mas o cor-de-rosa rapidamente se transformou em cinzento.
Com efeito, existiu um lapso na transcrição da escritura do empréstimo contraído por D. Duarte para compra do imóvel e da respetiva hipoteca. O engano foi prontamente reconhecido pelo Instituto dos Registos e Notariado (IRN). Numa carta enviada a D. Duarte, a conservadora da 2ª Conservatória do Registo Predial de Sintra explicou a razão do erro, e desfez-se em desculpas sobre as consequências do desastre.
A conservadora tem ainda a humildade de reconhecer que só se apercebeu do erro do registo depois de o Duque de Bragança ter sido enxovalhado na praça pública.
Vamos aos factos: nos idos de 80, D. Duarte Pio contraiu efetivamente um empréstimo bancário para comprar a casa. Também é verdade que esse crédito foi feito no BES. Mas o problema é que, no dia 1 de janeiro de 1999, data em que entrou em vigor o euro, o notário de serviço confundiu os zeros... o que eram 250 mil contos transformaram-se em 25 milhões! "Na verdade, ocorreu um lamentável lapso na extração desse registo, da ficha de papel para o sistema informático, quanto à moeda referente ao valor do empréstimo... onde consta euros, deveria constar escudos", penitencia-se a conservadora na sua carta.

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