Novos membros da
Ordem dos Templários foram esta tarde investidos, em Braga, numa cerimónia com
pompa e circunstância dos tempos medievais, tendo os novos cavaleiros e damas
sido benzidos com a espada da praxe, como acontece sempre, desde há séculos.
A assembleia era
constituída por líderes e membros da Ordem dos Templários, a par de várias
autoridades eclesiásticas, civis e militares, com a guarda de honra dos
Bombeiros Voluntários de Braga.
O cortejo dos templários, chegou pouco depois das 17 horas à Igreja de
Santa Cruz, com os mantos brancos, seguindo-se a cerimónia religiosa e a
investidura internacional, em que os novos membros assumiram o compromisso de
cumprir os estatutos da Ordem do Templo.
Os postulantes ajoelharam-se, um a um, perante o grão-mestre que,
segundo o ritual templário, lhes tocava levemente nos ombros e cabeça com a
espada, dizendo, ao invocar a Santíssima Trindade: “Eu te faço Cavaleiro/Dama
Templária hoje e para sempre”.
Segundo referiu hoje ao SOL Manuel Beninger, organizador do encontro
internacional, “o toque com a espada tem o significado simbólico de pureza,
justiça e comunhão física e espiritual num mesmo ideal”. Depois de colocado o
manto branco e a cruz peitoral da Ordem dos Templários, foi dada a “palmada
ritual”, representando a “última injúria que o cavaleiro/dama recebe, sem dela
tomar vingança”, conforme se ouviu alto e bom som esta tarde, na Igreja de
Santa Cruz.
Fundada no ano de 1118,
a Ordem dos Templários, que tem mais de 30 mil membros
distribuídos por cerca de 50 países, reuniu-se, em convento internacional,
desde sexta-feira em Braga. Nesta reunião magna internacional participam cerca
de uma centena de templários oriundos de nove países, sob a organização da
Comendadoria “São Geraldo” de Braga, liderada por Manuel Beninger. Estão desde
sexta-feira, em Braga, cavaleiros e damas, de Espanha, França, Grécia, Itália,
Holanda, Rússia, Inglaterra, Alemanha e Brasil.
A Ordem dos Templários é uma das mais famosas Ordens Militares de
Cavalaria, tendo sido fundada no rescaldo da 1ª Cruzada, em 1118, por Hugo de
Payens, com o apoio de mais oito cavaleiros e do novo rei de Jerusalém de nome
Balduíno II, para proteger os peregrinos que tentassem chegar a Jerusalém, face
a investidas de qualquer inimigo.
Oficialmente aprovada pela Igreja Católica, pelo Papa Honório II, por
volta de 1128, a
Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a Cristandade.
A regra desta ordem religiosa de monges guerreiros (de carácter militar)
foi escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos Salmos:
“Non nobis Domine, non nobis, sed nomine Tuo ad gloriam”, significando “Não a
nós, Senhor, não a nós, mas pela Glória de teu nome”.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em
Jerusalém, foi o Monte do Templo. Os cruzados chamaram-lhe de o Templo de
Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do templo original, tendo
sido a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
“Hoje em dia um cavaleiro templário é senhor de uma sólida auto-estima e
que sabe distinguir com acuidade o bem do mal, tendo a organização passado de
ordem militar a fraterna e filantrópica, continuando a ser uma das organizações
não-governamentais das Nações”, acrescentou ao SOL Manuel Beninger, o
comendador de São Geraldo (Braga).
Deputado do PSD
entre os novos membros
O deputado social-democrata Eduardo Teixeira é um dos novos membros que
a Ordem dos Templários investiu esta tarde em Braga.
Eduardo Teixeira, que é também vereador do PSD na Câmara Municipal de
Viana do Castelo, faz parte das quase duas dezenas de novos membros da Ordem
dos Templários.
O ritual decorreu
esta tarde, na Igreja de Santa Cruz, em Braga, com novos cavaleiros e damas,
oriundos, entre outras localidades, de Lisboa, Figueira da Foz, Porto e Braga.
O grão-mestre universal da Ordem dos Templários, D. Fernando Pinto de Fontes,
de 93 anos, presidiu à investidura, cerimónia solene e pública, nomeando os
novos cavaleiros e damas.
"O toque com a
espada tem o significado simbólico de pureza, justiça e comunhão física e
espiritual num mesmo ideal”
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