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Manuel Beninger

terça-feira, 26 de maio de 1992

Jornal Correio do Minho: Jovens Monárquicos defendem a Praça Conde de Agrolongo

A Juventude Monárquica de Braga está contra qualquer projecto que retire à Praça Conde de Agrolongo a circunstância de ser «o maior espaço livre» desta cidade.
Em comunicado, os jovens monárquicos bracarenses dizem que decidiram pronunciar-se sobre aquela praça pelo facto de lhes ter chegado a informação segundo a qual a Câmara Municipal pretende acabar com aquele espaço para ali colocar um centro comercial.

«É óbvio que a Juventude Monárquica não lhe interessa se é verdade ou má língua dos detractores do presidente da Câmara, que tal opção é ditada pela urgente necessidade da C.M.B. em criar espaço de negócios» - refere o documento monárquico para, de seguida, sublinhar que o que preocupa os jovens subscritores desse texto «é que existe o projecto ameaçador daquele nobre espaço e que urge evitar a sua concretização».

«Por muito que se queira iludir o município, é absolutamente inegável que qualquer construção que nesse belo espaço se implante, irá parcial ou totalmente retirar a perspectiva para o conjunto harmónico daquele espaço» - acrescenta o documento.

«O magnifico convento do Pópulo, o grandioso edifício do Conde de Agrolongo, o conjunto de casas de habitação, com a sua arquitectura características duma época, serão forçosamente prejudicados, no enquadramento e na sua perspectiva» - observam ainda os jovens monárquicos.

O comunicado refere depois que a Câmara Municipal tem ainda tempo de «reconsiderar esta infeliz opção, preservando um imponente espaço que dificilmente será encontrado em cidades da província».Para os jovens monárquicos bracarenses, a instalação de um centro comercial na Praça Conde de Agrolongo teria tanto futuro «como o inútil Mercado Municipal de Carandá».