Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

terça-feira, 19 de maio de 1992

Jornal Diário do Minho: Juventude Monárquica aconselha roteiro das Lixeiras de Braga

"O que é imperdoável é que Braga não divulgue as lixeiras clandestinas mais belas de Portugal".
A afirmação está contida num comunicado agora distribuído à Imprensa pela Juventude Monárquica de Braga, uma estrutura política que vem a público criticar, mais uma vez, alguns aspectos a que o poder autárquico deve prestar mais atenção.

No que se refere às "mais belas lixeiras", os jovens monárquicos escrevem que "os nossos visitantes, os turistas da "estranja" e, porque não, os políticos europeus que fazem reuniões em Guimarães, ficariam encantados em visitar a lixeira da Rampa do Bom Jesus, a perfumada lixeira que enquadra paisagisticamente o Paço de Palmeira, ou então, os belos e românticos entulhos sitos em Montélios, Areal de Cima e de Baixo, na Quinta da Ordem, ...".

Ironizando, sustentam que "só mesmo por falta de imaginação, não se tem retirado benefício e divulgado estas belezas típicas duma cidade que caminha a passos largos para o espírito europeu!!!".

Neste âmbito e "por falar em lixeiras", os jovens monárquicos lembram o papel da Comissão Regional de Turismo do Verde Minho: "embora mal querida, Braga tem uma Comissão de Turismo, aliás muito badalada ultimamente, que tem por fim dar a conhecer os encantos da nossa cidade e da sua região. (...) Curiosa, injusta e enigmaticamente, ainda não se lembrou a respeitável Comissão do Turismo de editar cartazes com os monumentos pós-modernidade, como por exemplo as cangostas do novo bairro do Carandá, da exemplar e rica zona arquitectónica da envolvente do "Feira Nova", do novel bairro de Santo Adrião, da praça de touros de Maximinos, dos edifícios inteligentes do bairro Artur Soares, entre inúmeros exemplos que tipificam a cidade de Braga".