"Braga, terra de políticos ilustres ao longo da sua existência, está condenada em ver-se representada por um conjunto de pequenos políticos que, nos princípios éticos, em nada se diferencia a situação socialista da oposição social-democrática?".
A interrogação é da Juventude Monárquica de Braga que, mais uma vez, em comunicado e a propósito do Monte do Picoto, vem reforçar a posição que anteriormente defendeu para aquele espaço, aproveitando a circunstância para criticar os autarcas eleitos para a Câmara Municipal de Braga, ao mesmo tempo que admite haver crise de valores.
Sobre o Monte do Picoto, os jovens monárquicos voltam a defender a transformação daquela área em espaço de lazer e paisagem enquadrada na cidade e ao serviço de todos os bracarenses. O texto avança depois com considerações sobre a controvérsia em torno da solução que a Câmara e a oposição têm sobre o assunto, tendo em atenção as notícias publicadas pelos periódicos locais sobre essa matéria.
Para a Juventude Monárquica, os empreiteiros envolvidos nesta questão são "mecenas" da cidade e a oposição é tida com "deserta de ideias e de saber que fundamenta a sua débil existência em interpretação da legalidade do absurdo". E interroga:
"Mas que crise de valores é esta, em que os grandes partidos candidatam a lugares de grande responsabilidade personagens que assumem tomar posições iníquas?". Admite-se, no entanto, que houve alguma razão dos vereadores sociais-democratas em impossibilitar que a Câmara fosse "câmara de eco de interesses de pretensos mecenas da cidade". Todavia, os jovens monárquicos consideram que os mesmos vereadores "só por eleitoralismo vesgo e oportunista possibilitam uma sessão extraordinária para darem um óbolo a um clube local, useiro e vezeiro em receber favores da CMB".
E ao interrogar sobre se Braga está condenada a ver-se representada por um conjunto de pequenos políticos", os jovens monárquicos interrogam se estará aqui a explicação pela qual os governos "vão descobrir o Governador Civil de Braga a terras distantes, nomeadamente a Famalicão e às Taipas". Sobre a alegada crise de valores na terra dos arcebispos, o documento dos jovens monárquicos interroga-se sobre se essa crise "condenará os grandes partidos monopolistas nas próximas eleições autárquicas, a apresentarem os mesmos candidatos".