Braga está à venda. É com este lema que a Juventude Monárquica, e as suas congéneres social-democrata, centrista e renovadora, vão fazer uma campanha visando alertar os bracarenses para o que entendem ser um acto de lesa património da Câmara Municipal de Braga. As "Jotas", cuja união em torno de uma questão concreta é "um primeiro sinal de uma frente alargada contra a gestão camarária de Mesquita Machado", vão tomar um conjunto de iniciativas públicas contra a venda dos terrenos do Campo da Vinha e da Arcada para parques de estacionamento, cuja privatização entendem "desnecessária e escandalosa".
Entretanto, o Partido Popular Monárquico divulgou esta semana um comunicado onde critica violentamente a Câmara de Braga. O PPM "não entende a bizarra tomada de posição da edilidade bracarense, que se propõe vender, à falta de melhor, o sub-solo da cidade". Para este partido, a edilidade "enlouqueceu de vez", pois semelhante "proposta não desmerece das aventuras insólitas e fantásticas dum qualquer "político" saído das personagens do Eça".
Contudo, os monárquicos acreditam que tudo não passa de um pesadelo: "temos esperança que esta grande atoarda tenha o mesmo fim daquela promessa feita em período eleitoral, garantindo que o rio Este seria transformado num espelho de água, onde se desenvolveriam os desportos náuticos".