O dirigente bracarense do PPM, Manuel Beninger, acusou ontem o candidato do PSD de "não respeitar a cúpula directiva dos monárquicos e negociar, à revelia, com um militante" para integrar as listas para as "autárquicas".
Manuel Beninger reagia desta forma às declarações de António Machado, segundo o qual o "acordo de cavalheiros com o PSD se mantinha de pé, com algumas alterações". O acordo previa que o PPM indicasse um militante para o quinto lugar na lista para a Câmara Municipal.
Beninger argumenta que tem a solidariedade da direcção nacional do PPM e que o acordo para a integração de monárquicos na lista "laranja" - após a renuncia de Amadeu Sá Menezes - foi aprovado no seio do partido "com cinco votos a favor da indicação de Beninger, um a favor de António Machado e uma abstenção".
Face a esta situação - anunciou ontem a Rádio Renascença -, a Direcção Nacional do PPM impôs a realização de eleições no PPM de Braga até 15 de Novembro, para normalizar a situação democrática no seio do partido.
Perante estes dados, qualquer militante que integre as listas do PSD só o pode fazer a título individual e não no quadro de um acordo PPM/PSD, entretanto denunciado pelos monárquicos.
Em conclusão, o PPM vai agora aconselhar os seus simpatizantes e militantes a votarem ou no CDS ou segundo a sua consciência. Está posta de parte a hipótese de aconselhar o voto no PSD ou no PS.