As Opções do Plano e Orçamento para 2008 conseguiram unir toda a oposição nas criticas à gestão do executivo de Mesquita Machado. A principal linha de ataque foi de que se trata de um conjunto de promessas tão repetidas quanto adiadas, em que o rio Este, o Parque da Ponte, o prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade e o esquecimento do Monumento Nacional das Sete Fontes foram os pontos principais. Na votação, vários presidentes de Junta desalinharam da Coligação, com alguns a absterem-se e outros e votaram a favor.
A primeira intervenção sobre o Plano coube a Manuel Beninger, do PPM, que o classificou como “um acervo de lugares comuns e promessas douradas para qualquer cidade do país”. “Pintaram e repintaram a dama para ela se parecer formosa no dia do casamento, esquecendo-se de que de bela já tinha pouco”, ilustrou, acrescentando que este “se limita a copiar quase tudo, como se de fotocópia em fotocópia em fotocópia se tratasse dos planos anteriores”. “Agora, parece que vai ser tudo feito em 2008”, exclamou.
No mesmo sentido, Acácio Brito, do CDS/PP, afirmou que “só em exercício de pura magia é que a grande aposta já não é fazer de Braga “capital europeia da cultura”, mas “capital permanente da Cultura” e lamenta “a tardia revitalização do Parque da Ponte, um espaço fantástico que foi votado ao abandono”.
Igualmente critico foi Carlos Almeida, da CDU, que considerou que o Theatro Circo “não é e devia ser um pólo aglutinador e despoletador da dinâmica cultural de Braga”, o Plano também “nada diz sobre as ruínas do Teatro Romano”, sendo que “o desenvolvimento cultural exige uma politica que apoie a reanimação de grupos amadores, pequenas colectividades e associações”.
Entre muitas outras, o deputado comunista defendeu que a revitalização habitacional do centro “deveria ser a prioridade da Câmara”, lamentando que o Parque Urbano das Sete Fontes tenha sido inscrito em 2003 por proposta do vereador da CDU, mas que o Retail Park o tenha atirado para as silvas”. As Sete Fontes tinham já sido trazidas ao debate pelo presidente da Junta de S. Victor, que considerou que “só por ignorância” o Plano não mencionou o facto de tratar de um monumento nacional e se limitar a apontar a “intenção de divulgação do Complexo das Minas de Sete Fontes…”. Firmino Marques mostrou-se, por isso, “disponível para visitar esta obra com os responsáveis da edilidade”.