Manuel Beninger começou por citar a Constituição Portuguesa de 1976, que previa a existência de regiões. Porém, apesar de intermitentes debates, e até de um referendo, entretanto chumbado pelos portugueses, a regionalização continua por fazer.
No entender deste deputado municipal, a situação económica, social e laboral que o país atravessa, recomenda soluções rápidas e eficazes. “Perante a crise financeira mundial e nacional, parece-nos ser a altura certa para prosseguirmos com a regionalização assumida e que signifique desenvolvimento”.
Beninger está convencido que um poder regional capaz permite um maior desenvolvimento, correcção de assimetrias, um reequilíbrio institucional populacional e a criação de novas dinâmicas financeiras, nas áreas empresariais.
Socorrendo-se dos dados do Eurostat, o deputado monárquico mostra que, entre 1997 e 2007, Portugal andou a várias velocidades, Sendo que o Norte perdeu terreno face à União Europeia, o Centro manteve-se praticamente na mesma posição, enquanto que o resto do país cresceu.
Por isso, concluiu, é imperioso pensar na regionalização, não como uma oportunidade de confronto político, partidário e ideológico, “mas como um factor de desenvolvimento sustentável, o que se exige cada vez mais face ao clima de crise financeira mundial e nacional”.
Assim, recomenda à Assembleia Municipal de Braga que diligencie todos os esforços para que se promova e se realize um debate aberto e participado sobre a regionalização, “para que o desenvolvimento sustentável da nossa região seja o facto”.