“Jornal de Notícias” de 28 de Novembro de 2010, pág. 15
Jornal de Notícias (28 Nov) - A construção do acesso ao novo hospital de Braga avança no terreno e poderá ser a solução para o problema da denominada curva do Feira Nova, onde, em dias de chuva, chegam a registar-se diversos acidentes. A assembleia municipal debateu o caso.
A Assembleia Municipal de Braga aprovou por maioria, a moção apresentada pelo PPM, tendente a que a Câmara Municipal de Braga "diligencie esforços que conduzam a novas alterações no local da "curva do Feira Nova", e que estas se traduzam numa autêntica redução da sinistralidade e melhoria da condições de segurança rodoviária em Braga".
A recente reportagem do JN sobre a sinistralidade constante na curva do Feira Nova, além de ter gerado uma onda de contestação da parte de automobilistas (alguns estão mesmo a preparar queixas contra a câmara de Braga), também motivou o interesse partidário. Pela mão da deputada municipal do PPM, Sílvia Oliveira, foi apresentada uma moção que implica a câmara na resolução do problema.
No entanto, a intervenção no local deverá decorrer mais das obras em curso, de construção do acesso ao futuro hospital de Braga, que propriamente da decisão dos deputados municipais.
Desde o início do mês que evoluem no local as medições e as movimentações de terras, depois de algum atraso e indefinição sobre o arranque das obras, até porque havia questões pendentes, nomeadamente sobre a preservação do complexo monumental das Sete Fontes.
A reportagem do JN alertava para mais de vinte despistes em menos de cinco dias, o que veio a comprovar-se, através de vídeos colocados no "you tube" e vários contactos de sinistrados.
"Estou, de facto, a mover processo à Autarquía, responsável pela manutenção e conservação do local, para lhe pedir responsabilidades. Garanto que irei até onde me for possível", disse José Gonçalves ao JN.
Este habitante de Braga viu a esposa capotar naquela curva e tem alertado para as deficiências de toda a via, essencialmente relacionadas com a falta de manutenção, como é o caso de inúmeros sinais que estão tombados ou tapados pela vegetação, ou as divisórias das faixas de rodagem que apresentam grande perigo para quem ali circula.
"As acções de conservação não podem ficar-se pela mudança do piso", alerta José Gonçalves.