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Manuel Beninger

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

COUVES PARA O NATAL DAS "HORTAS URBANAS"; Artigo de Opinião de Sílvia Oliveira

acima
Jornal “Diário do Minho” de 11 de Dezembro, pág. 20

COUVES PARA O NATAL DAS “HORTAS URBANAS”

Agora que o Natal com as suas cores, odores e sabores característicos, se aproxima e se começa a sentir a agitação para os “mimos” que, para além da “prenda no sapatinho” trazem, também, o bacalhau, as rabanadas e as Couves Portuguesas é importantíssimo tentar impulsionar “o campo na cidade”, assumindo hipóteses positivas de que o fenómeno das Hortas Urbanas passe a ser considerado pelos decisores políticos e passe, também, a ter maior apoio e interesse da sociedade civil organizada.
Se assim vier a acontecer, é possível vislumbrar um contexto, no qual podem surgir práticas de agricultura urbana bem articuladas com as necessidades dos tempos actuais, onde poderemos beneficiar das vantagens de produtos e verduras frescas de produção própria, de fundamento a uma economia solidária, quer como provisão quer como fonte de rendimento de pessoas e/ou famílias com poucos recursos e de sustentabilidade do meio ambiente, uma vez que se investe na proliferação do “verde”, para renovar a paisagem urbana, tornando-a mais benéfica e aprazível. Conjugando-se simultaneamente um modo de vida mais saudável, pelo primado do trabalho directo com a natureza e pelo convívio lúdico e de lazer, como forma terapêutica de fuga ao stress diário.
Não me parecendo que seja uma iniciativa camarária das mais dispendiosas, seria uma excelente “prenda de natal” para muitos bracarenses enfrentarem os tempos de crise, para além, de se poder converter num bom catalisador do desejo de regressar às origens, reencontrando-se com o compromisso, o equilíbrio de voltar a abraçar a natureza, da qual nos afastamos nos últimos cinquenta anos.
Talvez nos próximos tempos, comprar as Couves para o Natal fosse para uns, um programa familiar divertido e fundamental ao sentimento de segurança e pertença e para outros, um programa social e significativo, de contactos directos, entre os intervalos de mexer na terra e levar para o prato o que se semeou e viu crescer.

Sílvia Oliveira
Deputada Municipal do PPM