Jornal “Diário do Minho” de 19 de Março, pág. 10
Uma enorme multidão encheu ontem por completo a praça central de Fafe, para receber a comitiva real, encabeçada por el rei D. Carlos e a esposa, a rainha D. Amélia, os fidalgos e demais pessoal da casa real.
Estávamos no início do século XX: Portugal ainda era uma monarquia e Fafe vila. Essa época foi ontem recriada, para assinalar as visitas que o rei D. Carlos fez ao município de Fafe, em 1906 e em 1907.
Tratou-se de um dos momentos mais altos do programa da terceira edição das Jornadas Literárias de Fafe, iniciativa que começou no passado dia 9 e se prolonga até dia 24, movimentando milhares de pessoas, das freguesias, escolas e movimentos associativos do concelho, num vasto conjunto de iniciativas culturais.
Apesar do frio e dos aguaceiros (de curta duração, mas intensos), a multidão não arredou pé para ver de perto e saudar, efusivamente, as mais ilustres figuras do reino de Portugal, participando da melhor forma no espírito desta iniciativa, que procurou evocar a memória dos antigos e ensinar aos mais novos as datas e nomes mais importantes do concelho de Fafe.
A família real surgiu na varanda do imóvel conhecido como a Casa dos Brasileiros.
D. Carlos e Dona Amélia foram apresentados por Arthur e Florêncio Vieira de Castro, figuras ilustres da vila de Fafe nos últimos anos da monarquia, tendo ocupado cargos políticos de relevo naquela época, em Fafe e em Lisboa.
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