O secretário regional da Presidência, André Bradford, adiantou ontem, antes de arrancar com um dia de reuniões com os partidos com assento na Assembleia Legislativa dos Açores (ALRA), ter como meta no processo relativo à redução da presença militar norte-americana na Base das Lajes o "menor impacto possível na economia e na realidade social".
"O objetivo principal é que aquilo que se anuncia tenha o menor impacto possível na economia e na realidade social onde a base está inserida, em particular na ilha Terceira", afirmou.
Paulo Estêvão, líder da representação parlamentar do PPM, adiantou a DI ter-lhe sido comunicado que os Estados Unidos da América preparam uma redução "bastante significativa" do contingente militar nas Lajes, mas alertou para o que considerou ser um "bluff".
"A questão da redução das despesas militares pelos EUA prende-se com motivos de política interna, financeiros e eleitorais, mas o que não aceitamos é que os norte-americanos tentem desvalorizar o valor geoestratégico das Lajes na sua projeção de força. O Médio Oriente está instável, bem como os países do norte de África. Temos a questão da Síria, o problema nuclear no Irão. Neste cenário, as Lajes são essenciais", frisou o deputado.
Na opinião de Paulo Estêvão, os Estados Unidos estão a tentar fazer "bluff" para "diminuir o preço".
Quanto à questão da consequente redução da força laboral portuguesa que uma quebra na presença militar dos EUA trará, Paulo Estêvão defende que o atual número de trabalhadores portugueses nas Lajes é "inegociável".
"É a única real contrapartida que a Região tem da presença dos EUA nas Lajes. A partir do momento em que haja uma redução, em que os norte-americanos queiram estar nas Lajes de graça, deixaremos de apoiar essa presença", sustentou.
Diário Insular
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