História da Confraria Atlântica do
Chá
Em Março de 2006 a
casa dos Açores do Norte organizou, no Círculo Universitário do Porto, o 1º
Congresso Nacional do Chá, no qual foram feitas abordagens ao chá sob diversos
pontos de vista: literário, económico, histórico, social, científico,
nutricionista.
Mais de dezena e meia de especialistas e professores universitários
apresentaram comunicações de elevado nível cultural e científico, enriquecendo
os resultados deste evento que ficou indelevelmente marcado pela apresentação,
por parte da drª Thuy Tien, da comunicação intitulada "Proposta da Criação
da Confraria Atlântica do Chá".
Esta proposta logo desencadeou uma onda de adesões entre os participantes
do Congresso e, mais tarde, de outras pessoas e entidades, resultando, como
seria de esperar, na fundação da confraria, também na cidade Invicta, em 11 de
Abril de 2007, sob o lema: "O chá eleva o espírito e convida à
sabedoria".
Entre os confrades fundadores estão a Casa dos Açores do Norte, a Câmara
Municipal da Ribeira Grande, a Fundação Oriente, as lojas Cores do Chá (Braga),
First Flush (Lisboa), Rota do Chá (Porto), Unilever/Lipton, Plantações Chá
Gorreana (Açores), o alpinista João Garcia e a Presidente da SPCNA, entre
outros.
Evidentemente que a que a ideia do Congresso e subsequente ideia da Confraria,
tiveram como base o facto de se cultivar nos Açores a planta do chá. Sem
pretenderem "açorianizar" a confraria os seus promotores assumem que
"está implícita na sua fundação a promoção do chá dos Açores e a expansão
do seu cultivo"
O espaço e a acção desta confraria não têm limites nem fronteiras
afirmando como objectivos; contribuir para desenvolver o culto do chá; dar a
conhecer as suas características e qualidades; contribuir para o aumento do seu
consumo.
Mas, para além dos que estão implícitos nos objectivos atrás referidos, a
Confraria Atlântica do Chá pretendem igualmente; organizar tertúlias, cursos,
provas, degustações, workshops e rituais de chá; incrementar a produção e
desenvolvimento de áreas de cultivo de chá na Região Autónoma dos Açores e
distinguir anualmente, com troféus de excelência, Salões de Chá e Comerciantes
de Chá.
Sublinhe-se que os Açores são a única região europeia a produzir chá comfins industriais. Por isso, a Confraria Atlântica do Chá considera correctodizer-se que o chá açoriano é o chá europeu.
Como curiosidade, refira-se que em Março de 1878 foram contratados dois
chineses (Lau-a-Teng e Lau-a-Pan) para ensinar a cultivar e produzir chá na
ilha de S. Miguel.
Curioso é, também, o e-mail enviado à confraria em Junho de 2008, por
Almerindo Lopes, Confrade e Mestre de Chanoyu, residente em Quioto.
Eis a transcrição:
"Tenho a comunicar-lhe que tive o privilégio de ter servido um chá
verde Gorreana à esposa do meu Mestre, Sen Soshitsu, XVI geração de Sen no
Rikyu, prima direita da actual Imperatriz do Japão e Membro da Família Imperial
do Japão. A sua expressão referindo-se ao chá Gorreana foi: "É um chá de
leve e delicado sabor".
Houve grande surpresa ao saberem que havia cultivo de chá em
Portugal".
Traje
Kimono inspirado no Oriente terra de onde o chá originário. Capa com capucho inspirada no traje típico açoriano, única região da Europa onde se cultiva chá. O logo bordado na capa representa as três primeiras folhas do chá.
Flor do chá
Reportagem brasileira sobre chá verde
PRESENÇAS NO JANTAR DE REIS 2013:
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