Entrevista
com dom Bertrand de Orleans, número dois na linha sucessória da família real
brasileira que sonha com o retorno da monarquia
Trineto de dom Pedro 2o e bisneto da
princesa Isabel, o príncipe dom Bertrand de Orleans, 70 anos, número dois na
linha sucessória da família real brasileira, abomina chuchu, odeia rock e ainda
sonha com o retorno da monarquia. O sistema caiu em 1889, com a Proclamação da
República, mas, para ele, o os reis eram mais honestos. “Isso é algo para o
futuro, pois a república fracassou. Uma prova são os inúmeros casos de
corrupção. A monarquia se destaca pela moralidade pública”, comparou ele, que
no fim de semana visitou Florianópolis, onde participou do 3o Encontro
Monárquico Sul-brasileiro. Argumenta que, em 1993, 13% da população disseram
sim ao retorno do império. “O que era sonho passou a ser alternativa e talvez
até solução”, avalia ele, irmão de dom Luís Gastão, que assumiria o poder se o
Brasil voltasse a ser império. Reservado, o príncipe só não tem de discreto o
nome: Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans
e Bragança e Wittelsbach. “Muita gente reclama que não cabe nos documentos”,
brinca ele. Solteiro, nunca se casou. Entrega-se inteiramente a divulgar os
ideais monarquistas dentro e fora do Brasil. No tempo livre ele lê de
preferência livros de história, que ele tenta mudar pregando a volta da
monarquia.
Por
que restaurar a monarquia? Quais os defeitos do sistema republicano?
O objetivo da monarquia é criar na nação o
clima de uma grande família, estimulando as qualidades do povo e inibindo suas
más tendências. Há uma grande diferença entre a moralidade pública dos tempos
do império e dos dias atuais. Ruy Barbosa, que redigiu o decreto que proclamou
a república, depois se arrependeu do que fez. Dizia que enquanto na monarquia
havia uma escola de estadistas a república era uma praça de negócios. Na época
havia mais liberdade de imprensa e uma democracia mais autêntica. Havia quatro
poderes, Executivo, Legislativo, Judiciário e o Moderador, conduzido pelo
imperador que dava a harmonia entre os poderes. Hoje o Executivo é quem manda.
Além do mais, constitucionalmente, o imperador tinha menos poderes que o
presidente da república tem hoje. Tinha grande influência, isso sim,
principalmente para o bem. No Brasil, a república fracassou. Basta ver os
atuais escândalos e o caos político em que vivemos.
Em
1993, 13% da população disseram sim ao retorno da monarquia, em plebiscito. A
maioria esmagadora optou pela permanência do república. Ainda acredita no
retorno do sistema mesmo assim?
Não foi derrota. Foi a primeira batalha.
Antes do plebiscito o retorno do império era encarado como um sonho. Agora pode
ser visto como alternativa e, para muitos, a solução. Hoje é difícil encontrar
alguém que diga que a república deu certo. A monarquia não é algo para agora, é
algo para o futuro. Um dia, durante palestra nos Estados Unidos, criticaram a
monarquia, dizendo que no regime republicano qualquer um pode ser presidente e
que todos podem votar para escolhê-lo. Dizer que qualquer um hoje pode ser
presidente é a mesma coisa que dizer que qualquer pessoa pode ganhar na
mega-sena. E é questionável o argumento de que nós escolhemos o chefe de
Estado. O que a gente faz é optar por duas ou três opções postas pelos partidos.
O
governo brasileiro dá algum tipo de ajuda financeira aos príncipes herdeiros?
Nada. Quando a república foi proclamada o
governo confiscou todos os bens da família real. O processo mais antigo da
Justiça brasileira é o nosso, pois a princesa Isabel tinha um bem pessoal que
era a sua residência, hoje o Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. Pedimos
reintegração de posse em 1891, então o processo já dura 120 anos.
Fonte: Notícias do Dia
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Obrigado e bem haja
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