Ao ler o comunicado
do Instituto da Nobreza Portuguesa, provocou-me um misto entre “até que em
fim”, mas ao mesmo tempo a noção de que não chega. E digo que não chega porque
somos nós, monárquicos apoiantes de S.A.R. o Sr. D. Duarte – Duque de Bragança
e Legitimo Chefe da Casa Real Portuguesa, que temos que defender a sua Causa e
uma estrutura que durante longos anos tem conseguido melhor ou pior, que a
palavra Monarquia fosse dita neste país.
Numa primeira leitura vê-se
que foi retirado ao Dr. Pedro José
Folque de Mendoça Rolim de Moura Barreto, os direitos nobiliárquicos de Duque de Loulé, Conde de Vale de Reis,
etc., os quais tinham sido anteriormente registados no antigo Conselho de
Nobreza pelo seu pai D. Alberto 5º Duque de Loulé, o qual para o fazer teve que
reconhecer por escrito (de acordo com os estatutos e regulamentos da
instituição) que o Chefe da Casa Real Portuguesa era S.A.R. o Sr. D. Duarte –
Duque de Bragança.
Durante alguns anos o Sr. Dr.
Pedro Moura Barreto, apresentou-se sempre como um movimento cívico segundo as
suas palavras, mas ultimamente o civismo passou para pretensão.
Alguns continuam a dizer que
estas atitudes são provocadas pelo incentivo do Eng. Nuno da Câmara Pereira e que o Dr. Pedro se deixa ir nessas
ideias. Mas parece-me que essa fase já não existe. Ninguém vai para uma
cerimónia em Espanha de casaca, como Grão-Mestre da Ordem de São Miguel da Ala
(com o colar), com a placa da Ordem de Nossa Sra. da Conceição de Vila Viçosa (que
se arroga também Grão-Mestre), com a Banda da Ordem de Avis, e com uma
miniatura da Ordem de Cristo onde se pode ver claramente a coroa Real. Ninguém
vai nesta figura sem saber o que leva ou então que se arranje a desculpa que
foi por imposição de outro. Quanto ás Ordens de Cristo e Avis restauradas pela
republica não nos compete fazer comentários, mas competirá a outros... Um homem
com 58 anos já pensa por si e de facto chegamos todos á conclusão que tudo isto
deve ser travado, mas parece-me mais grave, a falta de resposta, atitude, ou
mesmo reacção, de todos os monárquicos, APOIANTES DO ÚNICO CHEFE DA CASA REAL
PORTUGUESA O SENHOR DOM DUARTE – DUQUE DE BRAGANÇA, perante as acções nos
últimos anos do seu irmão Dr. Filipe
Folque de Mendoça – Conde de Rio
Grande, ultimo filho do 5º Duque de Loulé o D. Alberto.
Nos últimos anos temos
assistido perante uma passividade incompreensível das instâncias e apoiantes do
nosso Chefe da Casa Real, das ditas “recuperações” de “Ordens” por parte do Dr.
Filipe Folque Mendoça. Muito dizem e comentam por escrito “são devaneios deste
senhor” “são tontices”, mas a verdade, ou melhor, a realidade é bem diferente.
Aos poucos vão confundindo ou mesmo danificando um trabalho de anos da Casa do
Senhor Dom Duarte.
A liberdade de acção deste
senhor é tanta, que chega ao ponto de apresentar nos textos dos seus diplomas
que confere aos olhos de todos “Dom Filipe, por Graça de Deus Dinasta da Casa
Real de Portugal”, concedendo títulos de “Cavaleiro”, “Comendador” ou até de
“Grã-Cruz” (e outras coisas mais), encimando nos seus diplomas as Armas Reais
de Portugal em pleno, com um lambel e uma coroa de Duque. As Ordens em
referência são: Ordem de São Sebastião dita da Frecha e a Real Ordem da
Trindade, as quais já proliferam pelo globo.
Mas a maior incompreensão de
alguns verdadeiros monárquicos com que falo, é que estas acções já chegam ao
ponto de se realizarem exposições enaltecendo, divulgando e publicitando a
causa da legitimidade que eles mesmos dizem defender, chegando mesmo a conceber
a publicação de um livro onde defendem explicitamente a causa da Casa Loulé
como os Chefes da Casa Real Portuguesa, citando várias vezes nessa obra
“Sereníssimo Senhor Dom Filipe, Conde de Rio Grande, como Representante de um
Ramo que está na primeira linha da Sucessão da Coroa de Portugal”… ou … “a
Ordem reconhece como Membros Dinastas da Casa Real de Portugal e da Sereníssima
Casa e Dinastia de Bragança, aos Sereníssimos Senhores Duque de Loulé e Seus
filhos”…
Esta publicação saiu em 2014
com grande pompa e circunstância, promovida pelo seu autor o Dr. Alfredo Côrte-Real, apoiante, defensor
e promotor do Dr. Filipe nas suas pretensões da Casa Loulé durante longos anos,
teve o apoio da Câmara Municipal de Barcelos, que manteve visível a todos os
interessados durante cerca de um mês nas instalações da própria Câmara. Assim
como uma larga divulgação do próprio autor Dr. Alfredo Côrte-Real em especial
no facebook, proliferando na sua própria página as fotografias de toda a
exposição (condecorações destas Ordens da Casa Loulé, as quais estavam ao lado
de Ordens como a de Malta ou mesmo do Santo Sepulcro), claramente defensora da
dita Casa Loulé. Na apresentação e sentado ao lado do Dr. Alfredo Côrte-Real
estava o Coronel Feijó, distinto cavaleiro e Embaixador da Ordem de Malta. A passividade
de todos nós monárquicos e apoiantes de S.A.R. o Senhor D. Duarte tem sido
muito excessiva perante tamanha liberdade. Claro que alguns comentários
surgiram novamente “são devaneios deste Senhor” “são tontices”, mas são sempre
muito escassos. O curioso é que se for um simples “porcaria” dentro do
movimento de S.A.R. o Sr. D. Duarte, aparece logo um vendaval, ao contrário das
pretensões destes senhores. Ultimamente a desculpa é “são uns espanhões”. Meus
Senhores, acordemos!
Com os vossos olhos, e alma
monárquica, vejam o que consta nesse livro publicado pelo Dr. Alfredo
Côrte-Real, que fala de três Ordens, Ordem de São Sebastião dita da Frecha e a
Real Ordem da Trindade e a Ordem de São Miguel.
Na Ordem de São Sebastião
dita da Frecha aparece a certa altura “A segunda fase dá-se a partir de Janeiro
de 1994, quando a Ordem é restaurada pelo Sereníssimo Senhor D. Filipe, através
da autorização expressa e poderes outorgados por seu Augusto Pai, o Sereníssimo
Senhor D. Alberto, Duque de Loulé, promovendo o seu registo em instâncias
oficiais…”.
Façamos já aqui um parênteses
e falemos sobre a lealdade ou mesmo congruência nas atitudes. Referem Janeiro
de 1994? Pois em Abril de 1994 o antigo Conselho de Nobreza reconhece ao D.
Alberto o título de Conde de Rio Grande, como seu 2º titular (titulo concedido
em 1689) por “Alvará de 30-4-1994, nº 1491, Procº 1340 do Conselho de
Nobreza. É 10º neto de um primo em 2º grau do 1º Conde de Rio Grande” … e como
todos sabemos, para se solicitar qualquer registo ou reconhecimento no antigo
Conselho de Nobreza, de acordo com os seus estatutos e regulamentos, é condição
necessária a apresentação de uma carta escrita (anexada a toda a documentação),
onde se reconhecia S.A.R. o Senhor D. Duarte – Duque de Bragança, COMO O CHEFE
DA CASA REAL PORTUGUESA! As conclusões ficam para o raciocínio de cada um.
Mas continuemos com o texto
da obra do Dr. Alfredo Côrte-Real “…mantendo desde então, a denominação de
Ordem Militar de São Sebastião, dita da Frecha” …”Por Carta datada de 19 de
Julho de 1999, o Sereníssimo Senhor D. Alberto, Duque de Loulé, confirma a
autorização dada anos atrás a seu filho, o Senhor D. Filipe, para que
procedesse ao registo e assegurasse o funcionamento da «Antiga Ordem de S.
Sebastião, dita da Frecha», declarando expressamente que ele [D. Filipe], e os
seus sucessores serão perpétuos Administradores, como Representantes de um Ramo
da Nossa Casa que está na primeira linha de Sucessão da Coroa de Portugal. Este
documento vem clarificar qualquer dúvida sobre a legitimidade da «Fons Honoru»”
… “Entre os anos 1996 e 2003,
a Ordem permanece dormente, até que, por Carta de 20 de
Janeiro de 2004, o Senhor D. Filipe reactiva a Ordem, reafirmando o seu
carácter de Ordem Dinástica, para premiar os merecimentos e com ela distinguir
aqueles que mais se assinalem por Distintos Serviços ao Bem Comum e à sua
Casa”, etc.
E na parte da Real Ordem da
Trindade “A 10 de Julho do ano de 2003, o Sereníssimo Senhor Dom Filipe, Conde
de Rio Grande, usando das prerrogativas conferidas pelo Seu Augusto Pai, o
Sereníssimo Senhor Dom Aberto, Duque de Loulé, Chefe da Linha Dinástica
Constitucional da Casa Real de Portugal (como representante dos direitos
pessoais e dinásticos que recaíram na linha de Sua Augusta Avó – Sua Alteza a
Senhora Infanta Dona Ana de Jesus Maria de Bragança e Borbón, filha de El-Rei,
o Senhor Dom João VI e da Rainha, Senhora Dona Carlota Joaquina de Borbón),
houve por bem, conforme o projecto de seu Augusto Avô – El-Rei D. João V,
estabelecer a Ordem da Trindade como Ordem da Sua Casa. Esta Ordem estabelecida
em Honra e Invocação da Santíssima Trindade, tem a denominação de Real Ordem da
Trindade, e a dignidade de Ordem de Colar conforme o uso e estilo das Casas
Reais da Europa. Tem o carácter de uma Ordem dinástico-familiar, e o seu
Governo exercido por um Conselho superiormente dirigido por um Membro Dinasta
da Casa Real de Portugal, a quem cabe o titulo de Grão-Mestre/Governador,
dignidade que actualmente pertence ao Sereníssimo Senhor Dom Filipe, Conde de
Rio Grande, como representante de um Ramo que está na primeira linha da
Sucessão da Coroa de Portugal.
Conforme os seus Estatutos, a
Ordem reconhece como Membros Dinastas da Casa Real de Portugal e da Sereníssima
Casa e Dinastia de Bragança, aos Sereníssimos Senhores Duques de Loulé e seus
filhos, que estiveram na primeira linha de sucessão da Casa Real, após a morte
de El-Rei Dom Manuel II”…
E na Ordem de São Miguel: “O
Grão-Mestre da Ordem de São Miguel da Ala é o Rei de Portugal”… “A Ordem de São
Miguel da Ala, (OSMA), tem o reconhecimento do Sereníssimo Senhor Dom Pedro,
Duque de Loulé, na qualidade de Protector, e Chefe da Linha Constitucional da
Casa Real de Portugal, que habitualmente está nas Cerimónias e nos seus actos.”
Acordemos e actuemos. Cada um
de nós monárquicos, verdadeiros apoiantes do Sr. Dom Duarte único Chefe da Casa
Real Portuguesa, defendamo-lo e nunca se esqueçam deste último Senhor Dr.
Filipe – Conde do Rio Grande, que com o forte apoio do Dr. Alfredo Côrte-Real
tem conseguido alcançar posições muito superiores ao seu irmão.
O presente texto não é
assinado porque este texto é e deve ser assinado por todos os monárquicos
apoiantes do único Chefe da Casa Real Portuguesa o Senhor Dom Duarte Duque de
Bragança. Por isso se é apoiante do S.A.R. o Sr. Dom Duarte divulgue esta
carta, se o fizer é porque é mesmo apoiante dele.
Viva
S.A.R. o Sr. Dom Duarte – Duque de Bragança e único Chefe da Casa Real
Portuguesa
Viva
a Monarquia
Viva
Portugal!
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