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Manuel Beninger

sexta-feira, 20 de março de 1992

Jornal Diário do Minho: Jovens Monárquicos acusam - Braga tem sido Descaracterizada no Urbanismo e no Ambiente

"Braga, como muitas outras cidades deste país, tem vindo a ser descaracterizada, com a ocupação selvagem de todo o palmo te terra disponível, com inúmeros prédios de muitos andares em que, raramente, constituem exemplos de boa arquitectura", diz a Juventude Monárquica de Braga.
Num comunicado divulgado ontem à Imprensa, os monárquicos convidam os bracarenses a participar num "encontro de saudade" pelas 11h30, junto das tílias abatidas no Parque da Ponte, ao mesmo tempo que tecem críticas à política urbanística e ambiental na cidade.

No texto em causa, a JM de Braga sustenta que "seria desculpável que Braga fosse apenas vítima do mau gosto dos construtores e dos responsáveis autárquicos que aprovam os "projectos" que por aí se constroem, não só horrendos como falhos de qualidade", "o grave é que os bairros que se estão construindo desde há anos não respeitam conceitos de qualidade de vida, que é legítimo esperar duma autarquia como a nossa".

A isto acrescentam, de forma exemplificadora, que "não há um bairro novo, em que se verifique a abertura de arejadas ruas e avenidas e, muito menos, espaços de lazer decorados com árvores, como os antepassados nos legaram".

Mas os exemplos continuam: "compare-se a Avenida da Liberdade com as vielas do Carandá, contraste-se o Jardim de Santa Bárbara com os jardins da "aldeia dos macacos", corteje-se o espaço da Avenida Central com os arruamentos da Quinta de Sotto-Mayor!!!".

Diz ainda a JM de Braga, que não há escola construída desde há mais de dez anos que possua nas suas imediações uma acolhedora paisagem, que sensibiliza os jovens para as belezas naturais.

É por tal que os jovens monárquicos protestam, "acreditando que num futuro próximo, Braga tenha uma Edilidade que se preocupe com "coisas" de somenos importância como as saudosas tílias do Parque da Ponte".