A juventude Monárquica de Braga divulgou ontem um comunicado em que afirma que "os partidos tradicionais estão demasiadamente envelhecidos, esgotaram todas as suas soluções, e agora merecem um repouso para que uma candidatura jovem se apresente com dinâmica de vitória nas próximas eleições autárquicas".
Começa o comunicado por recordar os preparativos para o campeonato de futebol:
"Transferência de jogadores, contratos de preparadores físicos, treinadores com elevadas capacidades técnicas e tácticas, directores ambiciosos, patrocinadores políticos e comerciais, tudo para montar o espectáculo que eufemisticamente teimam em denominar como desporto-rei".
"O futebol, diz, é um mundo de negócios importantissimo".
"Diariamente tem mais tempo de antena na rádio e televisão, que todos os partidos políticos portugueses juntos, mais o tempo que é conferido aos órgãos de soberania".
Os jovens monárquicos perguntam:
"Que importância têm para Portugal o Tratado de Maastricht, as relações com Africa, o programa do Governo, as propostas da oposição. a segurança internacional, ou o desenvolvimento da luta contra a fome ou as irrelevantes conquistas do conhecimento, mediante o futebol?".
E o comunicado continua:
"De facto, será que os grandes partidos políticos, tão profissionalizados como estão, preparam a "rentrée" com milionésima parte do rigor que se prepara um campeonato de futebol da terceira divisão regional?!!".
E afirma de imediato:
"O que nos atormente não é a dúvida, é a certeza da resposta!".
O comunicado diz que "a Juventude Monárquica não pretende que se invertam nem confundam valores. O que a JM pretende é que reflicta e se aproxime de nós e cuidadosamente participe na elaboração dum programa credível e realizável, que seja uma saudável alternativa à Câmara Municipal de Braga".