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Manuel Beninger

terça-feira, 24 de novembro de 1992

Jornal Diário do Minho: JM defende Coligação para ganhar a Câmara Municipal de Braga - como alternativa ao "estafado projecto socialista"

A Direcção Regional de Braga da Juventude Monárquica deu ontem o "pontapé de arranque" na campanha para as próximas eleições autárquicas ao divulgar uma nota eminentemente propagandística.
De acordo com o texto, "passada que está mais de uma dezena de anos da gestão socialista, que se tem mantido com confortáveis e sucessivas maiorias fruto do demérito dos partidos da oposição, julga a Juventude Monárquica que é chegada a hora de se preparar a substituição do estafado projecto socialista para Braga e seu termo".

Segundo os jovens monárquicos, os partidos políticos com expressão eleitoral no concelho de Braga têm sido incapazes de apresentar ao eleitorado um programa alternativo, que promova a alternância do poder.

É por isso que a Juventude Monárquica, "fiel aos princípios do PPM", propõe desde já uma coligação autárquica às restantes forças partidárias. "É chegada a hora para se iniciarem os contactos entre os partidos da oposição ao Executivo socialista, afim de obter uma plataforma credível para fazer ruir a sinistra perpetuação que se desenha no horizonte", dizem.

Para esta estrutura juvenil, afecta ao Partido Popular Monárquico, "torna-se imperioso que se busquem honestos e preparados personagens, não comprometidos com o mundo dos negócios autárquicos, futebolísticos e quejandos, para desenvolver um programa eleitoral alternativo à panóplia de artifícios de marketing eleitoral, que sem dúvida mais uma vez serão apresentados no próximo acto eleitoral".

"Julgamos ser fundamental que as juventudes dos partidos da oposição, ainda sem pecados veniais das estruturas dos seus partidos, possam forçar, através de uma postura séria e desinteressada, a alternativa democrática tão necessária ao concelho de Braga", escrevem.

A Juventude Monárquica de Braga queixa-se ainda da falta de receptividade que a Câmara Municipal tem tido para com o seu trabalho, o que leva a atribuir-lhe o epíteto de "omnisapiente edilidade".

Para os jovens monárquicos, fazer oposição não é "a doentia perversão do bota-abaixo", mas "um auxílio para quem tem o poder, a contrastar projectos e decisões, com os seus adversários na concepção de desenvolvimento de uma sociedade".