A um ano das próximas eleições autárquicas, o PPM propõe a constituição de uma frente alargada a toda a oposição, contra a actual maioria socialista da Câmara Municipal de Braga, tendo em vista quebrar o ciclo vicioso e viciado instalado, afirmou ontem em Braga Manuel Beninger.
O presidente da Comissão Nacional da Juventude Monárquica falava em conferência de Imprensa destinada a abordar as eleições autárquicas do próximo ano e o dia da Restauração.
Beninger referiu que a gestão socialista tem vindo a comprometer em muitos aspectos, particularmente no que respeita ao crescimento urbanístico, cada vez mais dependente dos negócios particulares do que do interesse público e colectivo.
Para o dirigente do PPM é necessário mudar este estado de coisas, e seria benéfico e possivel construir uma lista de cidadãos unidos, sobretudo pela vontade de servir Braga, que fizessem frente ao Partido Socialista bracarense.
Esta iniciativa que não é fácil, passaria pelo "apagamento" assumido dos restantes partidos e seria um mandato de transição, baseado num programa de compromisso entre os vários partidos, referiu Manuel Beninger.
O presidente da JM disse ainda, que caso esta frente partidária não se concretize, apresentará uma lista própria às próximas eleições para a Autarquia de Braga.
Beninger noticiou com satisfação que o Directório Nacional do Partido Popular Monárquico, entregou aos jovens monárquicos a pasta de liderança para as próximas autárquicas.
Falando sobre o dia da Restauração que hoje se comemora afirmou que é necessário reflectir sobre o drama do povo de Maubere; exigir uma acção mais protagonizada de Portugal para a autodeterminação do povo de Cabinda e tomar uma posição inequívoca em relação à projectada União Política Europeia.
O PPM condena, veementemente, a ocupação Indonésia do território de Timor-Leste e defende o apoio material claro de Portugal à resistência com meios militares, o embargo comercial de Portugal à Austrália, da CEE à Indonésia e a deslocação do secretário Geral da ONU `*a região na procura de uma solução, que garanta o direito do povo de Timor, entre outros.
Manuel Beninger diz que o Governo português está a pôr em causa a sua neutralidade na condução do processo de paz em Angola, quando tem vindo a apoiar, objectivamente, quer interna quer externamente, o MPLA.
Quanto à União Política Europeia, o presidente da JM, entende que esta ofende as legítimas aspirações do povo português que sempre manifestou os mais nobres sentimentos de Liberdade e Independência e nunca se pronunciou sobre esta união.
Manuel Beninger propôs a realização de um vasto debate sobre a União política e a posterior realização de um plebiscito onde todos nos possamos pronunciar sobre tão grave decisão.
Quanto ao dia da Restauração, onde hoje se comemora, referiu que a Monarquia continua a ser a melhor forma de assegurar a soberania popular e defendeu a revisão constitucional que impede a alteração da forma republicana de governo, impossibilitando a realização de um referendo para o povo português escolher entre República e a Monarquia.