Diário do Minho
O PS em 16 anos de autarquia conseguiu resultados que todos nós conhecemos: uma gestão casuística, com recurso a solução de improviso e soluções pontuais, ausência de um plano e o menosprezo dos interesses colectivos em favor de um loby de privados, o que se traduziu no desordenamento urbano.
O PS em 16 anos de autarquia conseguiu resultados que todos nós conhecemos: uma gestão casuística, com recurso a solução de improviso e soluções pontuais, ausência de um plano e o menosprezo dos interesses colectivos em favor de um loby de privados, o que se traduziu no desordenamento urbano.
Só uma gestão errada poderia conduzir ao que temos hoje: Braga que poderia desfrutar da qualidade de vida de uma cidade de média dimensão só consegue ter os problemas das grandes cidades, sem no entanto ter os correspondentes benefícios.
Depois de todos estes anos de gestão socialista, não há desculpas. É necessário mudar, é democrático mudar. Os bracarenses merecem uma cidade melhor.
Face às próximas eleições autárquicas para o Concelho de Braga, o PPM tem vindo a defender uma estratégia clara:
Para mudar a situação só a criação de uma frente alargada a todos os grandes partidos de oposição bracarense.
Trata-se de uma estratégia realista, já que é, no nosso entender, a única com evidentes perspectivas de vitória.
Outras teses como as que vem sendo defendidas por um grupo de pessoas ligadas à Plataforma de Esquerda, e que passaria pela constituição de um novo partido político, não tem nenhumas possibilidades de resultar, já que se traduziriam na divisão de votos na oposição e consequentemente ao seu enfraquecimento.
Senão vejamos:
Nas ultimas eleições Autárquicas, o PS obteve 54,2% dos votos expressos.
No entanto, se analisarmos os resultados obtidos pelos partidos nas últimas eleições legislativas - eleições essas que, como é natural, traduzem com maior aproximação as afinidades partidárias da população, o seu sentir "ideológico", o somatório de todos aqueles que não votam PS foi de 65,3% (somatório dos partidos PSD, CDS, PRD e PPM 54,1%, contra 34,1% do PS).
Constatamos assim a existência de um eleitorado flutuante que balança entre o PS e o PSD, conforme se trata de eleições autárquicas e legislativas.
Este quadro de eleitorado flutuante justifica-se pela falta de afirmação política da oposição bracarense, perante um PS que tem "obra"(?) feita no concelho.
É neste quadro que o PPM avança a proposta de constituição de uma frente comum de maioria da oposição,
Poder-se-ia encontrar uma plataforma de entendimento entre os diversos partidos da oposição na criação de uma lista de consenso para uma candidatura à Câmara Municipal de Braga. Tal lista despertaria uma candidatura com uma dinâmica de vitória pois teria reais possibilidades de vencer.
Seria um mandato de transição, baseado num programa de compromisso entre os vários partidos, contemplando todas as grandes questões que se põem à gestão da Autarquia de Braga e que, como se sabe, tem merecido o consenso dos diferentes partidos da oposição.
Os partidos poderiam, no entanto, concorrer separadamente para a Assembleia Municipal, onde se poderia reconhecer o seu real valor.
Achamos que esta hipótese é totalmente real e possível; Real porque em autarquias o que se discute e o que se debate são questões meramente de gestão camarária, e possível porque esta seria a única forma de conseguir "inverter" as vitórias sucessivas do Eng.º Mesquita Machado.
Ainda é possível vencer convencendo.
Manuel Beninger
(Presidente Nacional da Juventude Monárquica e
Coordenador da Comissão Política Distrital de Braga do PPM)