A Concelhia de Braga do Partido Popular Monárquico espera que a intenção da Câmara de "vender o subsolo da cidade" tenha o mesmo fim da promessa feita igualmente em período eleitoral "que garantia que o rio Este seria transformado num espelho de água, onde se desenvolveriam os desportos náuticos".
Tal esperança foi ontem dada a conhecer, em comunicado, sob o título "Braga à venda".
Os monárquicos dizem não entender "a bizarra tomada de posição da Edilidade bracarense" e, por isso, não vislumbramj fundamento para "tão insólita proposta".
"De facto, a proposta de desafectação da dominialidade pública do subsolo para a instalação de parques subterrâneos no centro da cidade não desmerece das aventuras insólitas e fantásticas dum qualquer "político" saído das personagens políticas do "Eça", dizem.
A estrutura bracarense dos monárquicos critica, a propósito, o facto de ter sido anunciada uma coisa e agora ser feito o contrário. "Estreitam-se os arruamentos para evitar o tráfego urbano, anuncia-se que se pretende retirar o tráfego automóvel do centro da cidade e agora propõe-se a Câmara vender o subsolo da Avenida e do Campo da Vinha para fazer dois gigantescos parques de estacionamento".
O PPM bracarense reconhece ser gratuito fazer comentários sobre esta proposta da Edilidade, uma vez que há no senso comum da cidade "uma estupefacção geral por tamanha fobia de fazer obra".
"Há uma regra lógica que parece esquecida dos senhores vereadores: quanto maior disponibilidade de parqueamento, maior é o tráfego automóvel", recordam, entretanto, os monárquicos.