A Assembleia Municipal de Braga, na sua sessão de Sábado, aprovou por maioria uma alteração ao Regulamento do Aeródromo Municipal.
Votaram a favor PS e PSD (excepto António Machado, do PPM, que votou contra).
CDS e CDU também votaram contra e António Fernandes Machado (independente do PRD) absteve-se.
Em declaração de voto o social-democrata Miguel Macedo disse que aquela proposta se entendia como transitória. Que a Câmara deverá apresentar em breve um projecto completo, precedido de um parecer da Direcção Geral de Aeronáutica Civil. Que o PSD votou assim também porque no local estão a decorrer obras.
De acordo com a deliberação tomada, o artigo 1º do Regulamento do Aeródromo Municipal passou a ser acrescido de um número dois com a seguinte redacção:
"Poderá contudo o Aeródromo ser utilizado por veículos motorizados, não ligados à aeronáutica, desde que devidamente autorizados pela Câmara Municipal de Braga".
Quem mais se opôs à introdução desta alteração foi António Machado (PPM), que usou da palavra a título pessoal, ligado que está aos aviões desde 1966 (é piloto).
Porque entende que com esta deliberação se pode comprometer o futuro do Aeródromo, pediu que a proposta fosse retirada e se solicitasse um parecer da Direcção-Geral da Aeronáutica Civil.
Em sua opinião, será difícil conciliar a existência de corridas de velocidade de automóveis ou de motas com aviões a levantar e a aterrar.
Perguntou como é que o CAM (Clube Automóvel do Minho) vai rentabilizar o investimento de milhares de contos,admitindo que a pista venha a ser alugada para experimentar carros novos.
Disse que o Aeródromo "é uma estrutura fundamental para o desenvolvimento regional de Braga", que se não deve "empurrar" o Aero Clube de Braga para uma pista em Guimarães ou em Santo Tirso, e pergunta como é que o Aero Clube vai fazer a formação dos seus pilotos.