Quatro organizações políticas juvenis bracarenses - as juventudes Centristas, Monárquica, Renovadora Democrática e Social-Democrática - protestaram, na manhã de sábado, contra a venda do sub-solo da Avenida Central e do Campo da Vinha, onde, por decisão da autarquia, vão ser construídos parques de estacionamento subterrâneos. Os jovens bracarenses consideram que a venda é uma acção "vergonhosa".
Apesar de a Câmara Municipal assegurar o contrário, as quatro organizações sustentam que a propriedade dos dois espaços passará para a plena propriedade de particulares, pois "não se trata de vender subsolo, como se tem tentado fazer crer aos bracarenses". Por isso, trata-se, no seu entender, de um acto "senão juridicamente ilegal, pelo menos politicamente imoral". Desta forma, acrescentam, está a ser hipotecado o futuro da cidade, o que constitui uma ofensa a todos. "Braga é dos bracarenses, não é de meia dúzia de "senhores"", concluem.
Os jovens, que durante a manhã distribuíram este comunicado aos transeuntes, ofereciam, ainda, uma pequena senha supostamente para "controlo de ingresso na Avenida Central". Seguia-se, depois, uma indicação: "Não perca este bilhete. Devolva-o depois à saída". À saída, outros jovens recolhiam os bilhetes. Alguns dos destinatários da oferta, entretanto, supuseram que a acção de rua mais não era que uma das histórias para o programa "Apanhados".
Um terceiro folheto distribuído glosava um "slogan" lançado pelo município. A acompanhar a frase "é bom viver em Braga", podia ver-se um dos Irmãos Metralha.