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Manuel Beninger

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Assembleia Municipal - Plenário: Braga Card

ORDEM DE TRABALHO
PONTO Nº 5 - Braga Card

Objectivamente, nesta proposta, o P.P.M. não irá votar desfavoravelmente.
Mas isto não significa que o objectivo desta proposta tenha sido de todo bem conseguido. Fica muito aquém do espectável, do que pode de facto uma Câmara Municipal propor nesta matéria, aos seus concidadãos.
Ora vejamos:
Em primeiro lugar, é uma proposta que vai de arrasto ao repto lançado por um deputado da Coligação “Juntos por Braga”, o Sr. Deputado Bento Silva, que numa anterior reunião da Assembleia Municipal propôs uma situação similar a esta.
Por isso, até aqui, nada de novo.
Em segundo lugar, queremos lamentar o alcance, a profundidade com que esta proposta surge. Entendemo-la limitativa, tanto no propósito de atingir grupos de interesse, como no âmbito de alargar a novos associados.
Na nossa opinião, em vez de apenas estarem abrangidos os museus e os hotéis, deveriam estar englobados os teatros, os cinemas e os restaurantes. Não nos podemos esquecer que estamos numa das regiões que possui uma riqueza gastronómica muitas vezes pouco explorada e que pode ser um factor incentivador de atracção turística.
Achamos também que um projecto desta natureza deve ser bem equacionado e deve poder ser vendido nos locais aderentes, ao contrário do que é proposto, ser só vendido do Posto de Turismo. Um turista quando chega à nossa cidade ou outra qualquer, dificilmente se desloca em primeiro lugar ao posto de turismo, mas sim ao hotel para deixar as suas bagagens.
Lamentavelmente, trata-se tão-somente de um cartão de descontos para sítios restritos e só para os turistas.
Se olharmos para os concelhos limítrofes, verificamos por exemplo que no concelho de Guimarães, como a CMB bem o sabe, qualquer cidadão pode adquirir no inicio do ano um cartão para o C.C.V.F. pela quantia de 25, –, obtendo depois 50% de descontos dos preços da bilheteira nos acessos a todos os espectáculos, para além de usufruir de outros serviços como de parque de estacionamento gratuito.
Aqui também os munícipes bracarenses poderiam fruir do acesso a preços mais acessíveis de entrada no Theatro Circo.
Não está em causa a objectividade da proposta mas sim, a abrangência da mesma.
Também consideramos que o turista a ser atraído, não será só pelos cartões de desconto, mas sim pelas actividades que se promovem durante o ano, sejam elas gastronómicas, sejam elas culturais, sejam elas religiosas, sejam elas ambientais, etc..
Nós vemos uma Feira do Cavalo em Ponte de Lima que conseguiu ter adesões, logo no primeiro ano, em 2007, de 30.000 visitantes, esperando-se no ano corrente uma enchente bastante superior.
Nós vemos a Cidade de Lisboa a apostar em meias maratonas trazendo pessoas de todos cantos do mundo.
Vê-se Mirandela a apostar no campeonato do Mundo de Jet Ski.
O Porto a apostar na corrida de aviões Redbull que teve 600.000 pessoas a assistir.
O que os órgãos de poder da cidade necessitam é repensar um evento que possa ser repetido todos os anos, que traga muita gente à urbe e que as estimule a voltarem. No mínimo teria de ser uma actividade para 200.000 pessoas.
Como exemplo do passado, tivemos a rampa da Falperra.
Na nossa opinião teremos de equacionar algo com originalidade e que possa atrair massas, mas que também possibilite gozar a Cidade.
Será que vai ser a pista de Ski a atrair gente suficiente para o desenvolvimento do turismo necessário?
Neste sentido, o P.P.M. sugere à CMB que reflicta, que rectifique, que corrija e que acrescente, a breve trecho, algo mais a este cartão, para que seja também apelativo para os munícipes bracarenses.

Tenho dito.

Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga