"É notório que em Braga, muitas obras municipais são feitas sem um criterioso estudo prévio, o que leva a situações por vezes irremediáveis, como foi o caso da construção de edifícios estrangulando a passagem do Largo dos Penedos para a Rua da Escoura", afirma a Juventude Monárquica de Braga.
Num comunicado distribuído à imprensa, os jovens monárquicos escrevem que "tais desastrs poderiam ter o condão de fazer precaver a Autarquia no sentido de evitar novas asneiras, sobretudo quando comprometem o equilíbrio da cidade".
O comunicado incide, no entanto, "em obras de menor porte, que estão a ser construídas sem se avaliar o impacto que terão no dia-a-dia citadino.
O exemplo vai para a praça fronteira ao cemitério municipal, "onde se gastou dinheiro público a estrangulá-la, dado que em nada beneficiou a circulação nem tampouco o espaço de aparcamento".
Diz a Juventude Monárquica que "esta monstruosidade não terá paternidade reconhecida".
Outro exemplo é o Largo de S. Francisco, junto à Arcada: "só por total insanecimento se pode aprovar a obra de atrofiamento que se está a cometer neste largo e no início das ruas dos Capelistas e do Castelo".
Diz, a propósito, que "concerteza ao autor desta bizarra proposta nunca lhe ocorreu o pandemónio que ocorrerá se, eventualmente, um veículo tiver uma avaria numa destas vielas artificiais que a Câmara se deleita a construir".
"Se o fundamento é criar espaços para caça-niqueis, para os incautos automobilistas, verificarão os senhores vereadores que, nem daqui a um século as obras estariam ressarcidas por aquele método", escrevem os jovens monárquicos.
Os mesmos jovens acreditam que "esta fobia de atrofiamento das ruas é uma moda passageira, pois não tardará em toda a cidade se levantar contra o embute desta solução kafkiana".
O comunicado termina com uma questão: "será que o sinistro personagem que idealizou este futuro para a cidade é a mesma personagem que advogou numa rádio local, os benefícios das vielas e cangostas como o futuro das vias citadinas?".