A Juventude Monárquica de Braga está apostada em descobrir o que levou a Associação para a Defesa e Divulgação do Património de Braga (ASPA) a perder o carácter interventivo que a marcou desde a fundação.
Num comunicado ontem divulgado, os jovens monárquicos afirmam não saber "que ar se lhe deu a tão necessária associação", sabem, no entanto, que "os citadinos periódicos não mais publicaram as saborosas e pertinazes críticas ao bacoquismo urbano que campeia por Braga, cujo combate a ASPA nos habituou".
A JM não quer acreditar em "actos de censura", pois diz estar certa que "o poder autárquico nunca tal encomendaria para tão simpática associação".
"O gostoso amesentamento - reafirma - não nos parece crível".
A propósito questionam-se: "será que se esgotaram os motivos de intervenção, daquela consciência cultural que pugnou pela recuperação do Mosteiro de Tibães, se insurgiu pelo facto de se recrear com mau gosto as pirâmides do Egipto na Avenida Central, entre tantas outras iniciativas de reconhecido merecimento".
Admitindo motivos "para tão incómodp silêncio", os jovens monárquicos dizem que ainda não terminou "o período áureo da desdaracterização de Braga".
Neste documento distribuído à Imprensa, a JM de Braga refere ainda alguns casos daquilo que apelidam de "crime de lesa bom gosto". São eles, por exemplo, o revestimento exterior do edificio do Teatro Circo "com latões horrendos" e o "mausoléu de mármore que alguém implantou à face da bela casa do Passadiço".
O texto termina com o desejo de que "o motivo de tão prolongado e sentido silêncio da ASPA não seja uma cómoda cegueira".